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Aula de ballet ajuda a melhorar qualidade de vida dos idosos

Foto/DINO

Mariana Alves, Edição

Em busca de saúde e qualidade de vida, mais idosos vão às escolas de ballet, um espaço tradicionalmente dominado por crianças e, mais recentemente, por adultos na faixa dos 30 a 50 anos. O que antes era visto como uma atividade exclusiva de meninas que queriam se tornar bailarinas, as aulas de ballet agora também são sinônimo de saúde e bem-estar físico e mental para todas as idades.

Um dos novos métodos de aula de ballet responsáveis por essa transformação recente é o Balleterapia. O método do Balleterapia, criado pela bailarina, fisioterapeuta e bióloga Dra. Priscila Monsano, adapta a técnica do ballet clássico para trazer fortalecimento muscular, flexibilidade, equilíbrio, melhoria da postura e de memória em pessoas dos 30 até os 80 anos de idade.

Há 17 anos na área, ela se dedicou nos últimos anos a pesquisar uma nova técnica em que também o público da melhor idade pudesse praticar o ballet clássico: “no Balleterapia fazemos uma aula de ballet diferente, que respeita os limites do corpo, mas que trabalha a necessidade de cada um, melhorando suas condições físicas de forma segura e isso permite que o idoso também o pratique”, explica. “Temos também casos de jovens com doenças crônicas na coluna ou no joelho que não imaginavam ser possível praticar ballet e que encontram neste método uma segurança maior, uma vez que não se utilizam movimentos que possam causar lesões”, destaca.

No Ballet Maior, escola de ballet localizada no Tatuapé, em São Paulo, a procura pelo Balleterapia do público acima dos 60 anos já é responsável por 27% das matrículas. Praticante há 4 meses, Elisabete Virolli, 67, advogada e professora aposentada, viu no novo método a possibilidade de realizar um sonho de infância e, ao mesmo tempo, fazer uma atividade saudável: “minha filha é bailarina e eu a acompanhava nas aulas de ballet e nos espetáculos. Sempre tive vontade de aprender ballet, mas tinha medo por já não ser mais tão nova e agora vi uma oportunidade de aprender de forma segura e com pessoas da minha idade. Eu sentia a necessidade de cuidar da saúde e fazer algum exercício físico para sair do sedentarismo e percebi que o Balleterapia me proporcionaria esta atividade de forma prazerosa”.

Além da atividade física, o ballet tem o atrativo da música clássica. Para os que gostam desse estilo musical, a associação do movimento com a música pode ser uma experiência diferente e tranquilizadora na vida turbulenta das grandes cidades. Outro fator que torna o ballet atrativo ao público da melhor idade é a oportunidade da convivência social: “o grupo se torna uma parte da nossa família. E ficamos felizes quando acompanhamos a superação do outro. Na aula trocamos experiências, risadas e desafios”, completa Virolli.

 

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