O delegado da Polícia Federal Sandro Avelar foi confirmado no meio da tarde desta quarta, 25, como futuro secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. O anúncio foi feito pela governadora em exercício Celina Leão (PP). A área está sob intervenção federal até o próximo dia 31. Não se tem notícia se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva suspenderá a intervenção, permitindo, assim, a nomeação ainda este mês.
Horas antes do anúncio, Notibras publicou matéria onde o Coletivo de Segurança do PT se colocava frontalmente contrário ao nome de Avelar, considerado, segundo algumas correntes petistas, como pessoa ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Contra o futuro secretário pesa a acusação, inclusive, de ter recebido dinheiro da Taurus (fábrica de armas) para sua candidatura a deputado federal em 2014. O delegado não foi eleito.
Sandro Avelar ocupou o mesmo cargo no governo de Agnelo Queiroz (PT), que ficou marcado com denúncias de corrupção na construção do estádio Mané Garrincha, para a Copa da Fifa de 2014. Ao deixar a secretaria, o delegado apresentou-se à PF.
Com o golpe que tirou Dilma Rousseff do Palácio do Planalto, Avelar foi nomeado por Michel Temer como elo de ligação da polícia brasileira com a polícia da União Europeia. O futuro secretário passou três anos ocupando um gabinete na embaixada do Brasil em Londres. Ao voltar para Brasília, foi nomeado por Jair Bolsonaro como o segundo homem no coimando da Polícia Federal, sendo exonerado após a posse de Lula, no último dia 1º.
Após o anúncio feito por Celina Leão, o delegado disse ter recebido o convite “com muita honra e recebo como uma missão. Vou procurar contribuir com o conhecimento que tenho dessa área dentro do plano do Distrito Federal e do governo federal, onde tive a oportunidade de atuar. Vou trazer esse espirito colaborativo, de integração. Somar esforços para ajudar o DF e o país nesse momento”.