José Seabra
O avião não caiu; a bomba não explodiu; o morto está vivo. São três exemplos da anti-notícia que vão contra a ética do bom jornalismo.
Notibras tem por prática não noticiar suicídio. Entendemos que, com a omissão, deixamos de induzir seres humanos em desespero a recorrerem a esse último recurso.
A notícia do que não aconteceu – em casos extremos como os explicitados – só serve para gerar tensões. Quando se faz estardalhaço em torno de uma suposta bomba, abre-se espaço para que pessoas desorientadas se vistam de terroristas e, aí sim, cometam uma atrocidade.
Pregar a tranquilidade na área da segurança pública é o melhor caminho. Notícias populares têm outro nome.
Se querem pregar o ‘Fora Temer’, as ruas e as redes sociais estão aí para isso. A teoria do caos é assunto para cientistas, não para sensacionalismo que se descobre, depois, ser um envelope com papéis picados.