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Banco Azteca vê crise como passageira; mas, precavido, fecha suas portas no Brasil

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Marta Nobre

No dia 8 de maio o Grupo Elektra, um dos maiores conglomerados industriais, comerciais e financeiros das Américas, anunciou à Bolsa Mexicana de Valores sua retirada do mercado brasileiro. Foi o sinal de que viria alguma turbulência pela frente, por passageira que fosse.

Desde então, já foram devolvidos 94% dos recursos depositados pelos correntistas do Banco Azteca do Brasil S.A., através de sua agência no Recife (PE). Os 6% restantes estão à disposição dos depositantes, em contas populares em possuem saldo de menos de R$ 20,00 (vinte reais) em sua esmagadora maioria.

O Azteca do Brasil, formado por capitais mexicanos, a partir daí, reduziu sua atuação ao mínimo, encerrando as atividades de seus correspondentes bancários e mantendo, unicamente, sua agência central na capital pernambucana, com apenas 16 funcionários, que ultimam os preparativos para a finalização das atividades em cumprimento estrito da legislação bancária e das leis vigentes.

As atividades do banco no Brasil se iniciaram em 2008, com práticas inovadoras e inéditas em nosso país, como a não cobrança de taxas bancárias, a concessão de micro-crédito e a bancarização de cidadãos que não encontravam apoio na rede bancária tradicional, milhares deles tendo acesso pela primeira vez aos benefícios dos serviços financeiros.

O porta-voz do Banco Azteca, um colosso financeiro presente em mais de uma dezena de países latino-americanos, lamentou o encerramento das atividades no Brasil, ressaltando o apreço pelo país e salientando acreditar que a grave crise pela qual passa nossa economia é passageira.

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