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Bactéria ‘comedora de carne’ deixa de ser ameaça no Atlântico

Uma proliferação gigante de algas marinhas no Oceano Atlântico ganhou as manchetes nas últimas semanas, em grande parte devido ao seu tamanho prodigioso e ao fato de que pode abrigar vida microbiana potencialmente prejudicial aos seres humanos.

A alga em questão chama-se Sargassum, com manchas desta alga castanha que se estendem atualmente pelo Atlântico, desde o Golfo do México até à costa ocidental de África, com investigadores da Universidade do Sul da Flórida a estimarem a sua massa atual em cerca de 13 milhões de toneladas.

Com manchas dessas algas marinhas já aparecendo nas praias do Estado do Sol, um novo estudo publicado na revista Water Research no mês passado alerta que bactérias do gênero Vibrio, potencialmente perigosas para os humanos, parecem prosperar no Sargassum.

A bióloga marinha Linda Amaral-Zettler, do Royal Netherlands Institute for Sea Research, co-autora do estudo em questão, disse que o Vibrio “pode e coloniza tanto plástico quanto Sargassum” e que essa bactéria “pode carregar genes que são potencialmente patogênicos”.

“Houve algumas infecções horríveis causadas por Vibrio. Seu potencial carnívoro é raro, mas é real”, disse.

Enquanto Amaral-Zettler sugeriu que os banhistas “precisam ser responsáveis” e perceber os perigos envolvidos ao lidar com Sargassum, outro cientista que não esteve envolvido nesta pesquisa apontou que muitas espécies de Vibrio são realmente inofensivas.

O ecologista microbiano Hidetoshi Urakawa, da Florida Gulf Coast University, observou que o estudo mencionado aparentemente não encontrou nas amostras de Sargassum nenhuma “espécie altamente patogênica de Vibrio que normalmente infecta humanos”, embora ele tenha sugerido que o público deve estar ciente do perigo potencial associado a esta alga marinha.

Jae Williams, porta-voz do Departamento de Saúde da Flórida, também disse que as pessoas “não precisam brincar ou se divertir no Sargassum” e que devem ficar longe dessas algas se as virem.

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