O aumento na intensidade dos protestos e da ação policial na Esplanada deixou servidores dos ministérios literalmente presos nos prédios. Funcionários que trabalham nos ministérios do Desenvolvimento Social, da Educação e da Cultura decidiram não deixar os prédios com receio de serem atingidos.
Alvo de protestos por conta das mudanças com do ensino médio, o Ministério da Educação, por exemplo, foi pichado. Garagens subterrâneas das repartições na Esplanada foram fechadas por precaução.
O MEC foi invadido e depredado por um grupo de 50 a 100 pessoas, algumas encapuzadas. Atearam fogo em pneus, em lixeiras, quebraram as entradas do ministério, caixas eletrônicos e câmaras de segurança.
O ministro da Educação, Mendonça Filho, condenou a invasão e a depredação do prédio. Segundo ele, o MEC foi “invadido por mascarados com pedaços de ferro e pedras, destruindo móveis, computadores, cadeiras, vidraças, divisórias e depredando outros bens públicos”.
“Os servidores do MEC viveram clima de terror. Isso é inaceitável. Como democrata que sou, entendo o direito de protesto, mas de forma civilizada, respeitando o direito de ir e vir. O que vimos foram atos de violência e vandalismo contra os servidores públicos e contra o patrimônio”, disse em nota.
Duas secretarias do MEC – Secretaria de Regulação e Supervisão de Ensino Superior (Seres) e Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) – foram depredadas também. As secretaria ficam no prédio-sede do MEC, no primeiro e segundo andares.