O Ba-Vi deste domingo teve a torcida única, apenas rubro-negra, mas certamente a torcida do Bahia ficou mais satisfeita após o empate por 2 a 2 no Barradão, em Salvador, pela 33.ª rodada do Campeonato Brasileiro. Além de manter uma invencibilidade de dois anos sem perder para o maior rival, os tricolores também afundaram o adversário na zona de rebaixamento
Sem ganhar há quatro jogos, o Vitória se manteve em 17.º lugar, com 35 pontos, dentro da zona de rebaixamento. A equipe pode ver a diferença para o primeiro time fora aumentar no complemento da rodada. O Bahia é o décimo, com 41.
De quebra, o Bahia aumentou a série invicta contra o maior rival para dez jogos. São seis vitórias e quatro empates. A última vitória rubro-negra no Ba-Vi foi em 27 de abril de 2017, duelo de ida das semifinais da Copa do Nordeste. Este jogo marcou a estreia de João Burse, do time sub-23, como técnico no lugar de Paulo Cézar Carpegiani, demitido durante a semana.
Com a bola rolando, os destaques ficaram entre os jovens Léo Ceará e Ramires, de Vitória e Bahia, respectivamente. Estreantes neste clássico, eles foram determinantes. Enquanto o primeiro foi autor de dois gols e comandou o ataque rubro-negro, o segundo deu passe para o gol de Nilton e decretou o empate em lance de oportunismo no segundo tempo.
Empurrado pela torcida, o Vitória começou o clássico mais intenso, tão intenso que Léo Ceará confundiu vontade com força e tomou cartão amarelo no primeiro. O jovem de 23 anos, uma das surpresas rubro-negras no Brasileirão, mostrou que sua estreia em clássico entre os profissionais não seria apenas negativa. Aos oito minutos, ele se enfiou no meio da defesa do Bahia e desviou de cabeça cobrança de escanteio de Benítez para abrir o placar.
O gol logo cedo tranquilizou e deixou o clima ainda mais favorável para os donos da casa, que precisavam de uma vitória para sair da zona do rebaixamento. Os donos da casa, no entanto, não conseguiram transformar a atmosfera em domínio.
O clássico foi equilibrado, brigado e com poucas emoções. Aos poucos, o Bahia começou a sair mais para o campo de ataque. Aos 25 minutos, aproveitando jogada errada de Ronaldo, Élber tentou do meio-campo, mas errou por muito.
Se com a bola rolando era difícil chegar, o Bahia apostou na mesma arma do rival para empatar. Aos 38 minutos, depois de levantamento de Ramires, Nilton se antecipou e desviou para o gol, empatando o duelo.
O Bahia voltou com uma nova postura no segundo tempo e pressionou o adversário em busca da virada. Júnior Brumado teve a chance aos sete minutos, mas carimbou a trave. Em seguida, o centroavante teve outra chance de marcar em cobrança de escanteio. Quase embaixo da trave, ele acabou mandando para fora Com dificuldades, o Vitória contou com um erro do adversário para voltar a ficar na frente.
Aos 22 minutos, depois de lançamento longo, Douglas Grolli furou e a bola sobrou limpa para Léo Ceará tocar na saída de Douglas e marcar pela segunda vez.
A vantagem, no entanto, não durou muito. Em falha, desta vez de Ronaldo, Ramires apareceu no segundo pau para completar finalizar de Edigar Júnio e deixou tudo igual novamente. O Vitória reclamou bastante do lance, alegando impedimento do meia do Bahia.
Imediatamente após o gol, o técnico estreante do Vitória, João Burse, mexeu no time tentando dar mais ofensividade. O que se viu, no entanto, foi um festival de bolas lançadas na área e pouca efetividade.
Os dois times voltam a campo na próxima quarta-feira. Às 21 horas, o Bahia faz o clássico nordestino contra o Ceará, na Arena Fonte Nova, em Salvador. Um pouco mais tarde, às 21h45, o Vitória trava confronto direto contra o Sport, na Ilha do Retiro, em Recife.