O Goiás parou de perder – e quase volta a vencer. Foi neste domingo, na Fonte Nova, quando saiu na frente mas empatou com o Bahia em 1 a 1. Com um ponto para cada lado, o Bahia, agora com 21, é o 10º. Já o Goiás é o 12º, com 18 pontos.
Logo com cinco minutos de jogo, a partida que podia se apresentar com o Esquadrão sendo mais ofensivo e tentando exercer pressão diante dos visitantes teve fato com poder de mudar essa realidade. Em lance onde Moisés pisou no tornozelo de Jean Carlos e, depois de dar cartão amarelo, Raphael Claus avaliou o lance usando o VAR e mudou sua decisão para vermelho direto.
Enfrentando uma equipe bem postada na retaguarda e com vantagem numérica, o Bahia tinha notória dificuldade de conseguir quebrar as linhas de marcação. A primeira oportunidade que isso aconteceu de maneira mais clara e resultando em finalização perigosa veio somente aos 19 minutos quando Fernandão esperou para receber passe em posição legal e ajeitou para um forte chute de fora da área de Artur.
Foi novamente usando o recurso do chute de longa distância que a equipe de Roger Machado (com mais posse de bola e iniciativa de jogo mesmo atuando 10 contra 11) conseguiu assustar de novo o arqueiro Tadeu já com 26 minutos. Após bola espirrada em cobrança de falta, Lucca acertou um chute venenoso que chegou a quicar no gramado e levar complicações a meta do camisa 1 goiano que espalmou pela linha de fundo.
Mesmo sem a constância que poderia se imaginar principalmente no plano ofensivo, quando o Esmeraldino chegou, balançou as redes de Douglas. Em cobrança de escanteio feita por Marcelo Hermes na primeira trave, Fábio Sanches subiu muito alto e se antecipando a marcação, mandando a bola longe do arqueiro do Tricolor.
Mesmo sem ser uma cabeçada necessariamente com força, após a bola alçada por Yago Rocha, o meio-campista Marlone testou com efeito suficiente para encobrir Douglas, mas passando sutilmente ao lado da meta baiana logo aos três minutos do tempo complementar.
A partida parecia ter ficado mais aberta do que na etapa inicial com o Bahia vendo a necessidade de avançar mais suas linhas mesmo com desvantagem numérica e o Goiás, se aproveitando desse avanço, tendo campo para explorar sua velocidade à frente com os rápidos Leandro Barcia e Michael. E, nesse ritmo, Fernandão conseguiu por duas oportunidades chegar com extremo perigo usando a bola aérea para os mandantes além de Marlone ter tido outra oportunidade de qualidade para o time do Centro-Oeste. Todas elas sem sucesso graças a uma maravilhosa intervenção de Tadeu e a falta de mira.
Depois de tanto “martelar” usando as jogadas pelo alto, a torcida que já queria se fazer presente na Arena Fonte Nova explodiu aos 25 graças ao venezuelano Alejandro Guerra. Em bola cruzada e desviada na segunda trave por Fernandão, a bola foi parcialmente afastada pela zaga goiana e Guerra, chegando de trás, bateu com força de pé esquerdo vencendo Tadeu.
O Goiás abusava da posse de bola tentando buscar a infiltração e, por vezes, conseguia abrir a zaga do Esquadrão justamente pela superioridade numérica e chutes de média/longa distância, com direito a três finalizações com Marlone e Renatinho exigindo bastante trabalho de Douglas. Por sua vez, o Tricolor passou a ser ele o time que explorava a velocidade dos contra-ataques, mas com a zaga adversária atenta nos cortes em cenário que, no marcador, não mais se alterou.