Depois do caos, mais caos
‘Baixa e congela o diesel, Temer, e acaba essa agonia’
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emO fim da greve dos caminhoneiros está nas mãos do presidente da República. Basta que Michel Temer, por meio de Medida Provisória ou outro mecanismo jurídico, determine a redução no preço abuso do óleo diesel e garanta o cumprimento da queda do preço na bomba, ponto final do consumo.
Foi essa proposta, em tom de serenidade, que o governador de São Paulo Márcio França (PSB) fez na noite deste domingo, 27, ao Palácio do Planalto. Ele avalia que se esse pedido for atendido – feito pelos caminhoneiros em greve, dos quais virou casualmente uma espécie de porta-voz -, o clima de agitação que domina o País será amenizado.
– Se não for assim, é o caos. E depois do caos, só podemos esperar mais caos, disse França em entrevista no Palácio do Bandeirantes, após conversar com o ministro Carlos Marun, da secretaria de Governo. Marun, por sua vez, garantiu a redução no preço (a partir da refinaria) mas descartou u congelamento por 60 dias.
O governador revelou que tem recebido grupos distintos de caminhoneiros em São Paulo. E garantiu que, com a categoria, fez acordos que foram cumpridos. Conseguiu, por exemplo, reduzir drasticamente os bloqueios nas rodovias do Estado. Em troca, garantiu vantagens a exemplo do fim da cobrança do pedágio em eixos livros (quando o caminhão está sem carga) e queda no ICMS sobre o combustível.
O problema, porém, advertiu França, é o preço do óleo diesel na bomba, e sobnre isso o governo estadual não tem poderes. “O caminhoneiro faz um movimento justo. Ninguém pode trabalhar sem ter lucro. Resta agora ao presidente encontrar uma solução enquanto há tempo”, sintetizou.
O governador chegou a dar uma declaração de apoio aos caminhoneiros, ao dizer que, na ponta do lápis, os profissionais não conseguem, hoje, ter o mínimo de lucro. “Nenhuma manifestação dura tanto tempo se não houver um fundamento muito forte”, afirmou. França disse que tentará falar com o presidente Michel Temer ainda hoje para pedir uma solução para a greve.
Segundo França, o abastecimento de serviços essenciais no Estado não preocupa. Ele disse que há 210 escoltas sendo feitas em São Paulo para levar os produtos necessários aos serviços essenciais “Tudo o que é nosso serviços essenciais do Estado de São Paulo está abastecido com folga para bastante tempo”, disse.