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Balanço do Buriti indica presença de 900 mil foliões nas ruas durante carnaval

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Amanda Martimon

Pelo menos 893 mil foliões saíram às ruas de Brasília das 19 horas de sexta-feira (5) às 3 horas desta quarta-feira (10). Nas festas pré-carnaval, o público estimado foi de 200 mil. Os dados fazem parte do balanço divulgado por representantes de diversos órgãos do governo, em entrevista coletiva na sede da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social. “O povo brasiliense está mostrando que gosta de ir para a rua, tivemos um carnaval democrático”, afirmou o secretário de Cultura, Guilherme Reis.

Com recursos da Cultura, 63 dos 81 eventos ocorridos na cidade receberam apoio estrutural e/ou financeiro. O investimento total foi de R$ 1.076.622,98 — desse valor, R$ 280 mil foram destinados a contratações artísticas por parte dos oito grupos da Liga dos Blocos Tradicionais de Brasília.

Quanto à infraestrutura, R$ 796.622,98 arcaram com 1.351 banheiros químicos, 9 trios elétricos de médio porte, 4 carretas de palco, 32 unidades de terapia intensiva móveis, 520 seguranças, 81 socorristas e 187 lixeiras, além de palco, iluminação e som.

Lixo e fiscalização – O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) contou com 2.976 garis. Divididos em três turnos, durante e após os blocos, eles recolheram 176,5 toneladas de lixo durante os dias de celebração, incluindo os eventos de prévia. No ano passado, a autarquia recolheu 110 toneladas de resíduos, mas o número refere-se apenas aos quatro dias do feriadão.

O diretor-adjunto do SLU, Silvano Silvério da Costa, avaliou que a campanha Bloco Brasília Limpa — que certificará os grupos que mais colaboraram com a limpeza — e a distribuição de sacos de lixo contribuíram com o trabalho dos garis. “Só ontem, no Raparigueiros, foram entregues 6 mil sacos de lixo para os vendedores. Os próprios organizadores disponibilizaram lixeiras.” A Agência de Fiscalização (Agefis) atuou com 289 servidores, que fiscalizaram o trabalho dos ambulantes, como a venda proibida de bebidas em garrafas de vidro e de churrasquinhos em espeto.

Segurança – A Polícia Militar atuou com 4.022 policiais e 333 viaturas. “O grande efetivo foi importante para propiciar tranquilidade aos foliões e para que o carnaval tenha sido de paz”, afirmou o comandante-geral da corporação, coronel Marcos Antônio Nunes de Oliveira.

Durante o período festivo, houve apreensão de 18 armas de fogo, 14 brancas e 2 de brinquedo. Além disso, 324 pessoas foram detidas, 38 menores de idade apreendidos e 68 infratores autuados em flagrante. Os dados são referentes a todo o DF.

Com 464 profissionais, o Corpo de Bombeiros contou com o apoio de 87 viaturas e fez 261 atendimentos. De acordo com o comandante-geral da corporação, Hamilton Santos Esteves Junior, a maioria das ocorrências foi por problemas pela ingestão de bebida alcoólica.

Nos locais de evento, registraram-se 285 ocorrências, uma redução de 25,8% em comparação com o carnaval de 2015, quando o número foi 384. Furto a pedestre, por exemplo, caiu de 233 para 170. Roubo a pedestre repetiu o índice do ano passado, com 38 casos, enquanto lesão corporal dolosa sofreu redução de oito para seis. Das ocorrências deste ano, 76,5% correspondem a crimes contra patrimônio, especialmente roubo e furto de celulares.

A secretária da Segurança Pública e da Paz Social, Márcia de Alencar Araújo, destacou que o planejamento antecipado e integrado foi responsável pelos índices positivos. “Tivemos reduções de criminalidade expressivas em todos os blocos”, resumiu.

A Polícia Civil atuou com 470 policiais por dia, distribuídos nos plantões das 31 delegacias circunscricionais do DF, das delegacias da Criança e do Adolescente, de Atendimento à Mulher e do Departamento de Polícia Especializada. O diretor-geral, Eric Seba, afirmou que o único homicídio ocorrido em locais de festa, em 30 de janeiro, em frente à Funarte, tem investigações avançadas. “Não eram foliões. Tanto a vítima quanto o criminoso não estavam no local para curtir a festa popular”, adiantou. No período carnavalesco, houve três homicídios e duas mortes por atropelamento, todos sem relação com os eventos, de acordo com os órgãos.

Trânsito e transporte – Neste ano, 438 mil pessoas foram transportadas pelo metrô de Brasília durante os quatro dias de folia, 17,7% a mais que no mesmo período de 2015, quando houve 372 mil passageiros. Foi mobilizado um efetivo de 261 profissionais. Duas ocorrências dentro do metrô nesses dias — um esfaqueamento e vandalismo a quatro trens — estão sob investigação.

Em 15 operações de trânsito, isoladas ou em conjunto com a PM, o Departamento de Trânsito (Detran-DF) autuou 145 condutores por dirigirem alcoolizados durante o feriadão deste ano. O número é menor do que o registrado em 2015, quando 222 foram autuados pela mesma infração. Com 492 agentes e 178 viaturas, a autarquia fez 23 atividades educativas de trânsito.

Onze pessoas foram presas por dirigirem embriagadas, duas a mais que em 2015. Autuações por estacionamento irregular, falta de documento e de equipamentos obrigatórios e outras infrações somaram 1.680 — no mesmo período do ano passado, o número foi de 1,3 mil. Além disso, 301 veículos foram apreendidos e levados para o depósito do Detran — quantia menor em relação ao último carnaval, de 392.

Também participaram da coletiva o diretor-geral do Detran, Jayme Amorim de Sousa, a diretora-presidente da Agefis, Bruna Pinheiro, e o diretor-presidente da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF), Marcelo Dourado.

Agência Brasília

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