Banco do Brasil promete continuar emprestando, mas priorizará crédito de qualidade
Publicado
emCarla Araújo
O presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, afirmou, após reunir-se com o presidente em exercício, Michel Temer, no Palácio do Planalto, que a instituição pretende continuar aumentando sua carteira de crédito, mas, “obviamente”, será “um crescimento voltado para um crédito de qualidade”.
“O mais importante é que essa retomada do crédito se faça de uma forma bastante consciente seja da pessoa física, principalmente da pessoa jurídica, que são as empresas que precisam de recursos para a sua retomada do seu crescimento econômico”, aponta Caffarelli, em vídeo divulgado nas redes sociais de Temer.
No vídeo, Caffarelli diz que esse crédito “bastante consciente” leva em conta também que “nos últimos tempos tivemos aumento do nível de inadimplência no sistema financeiro”. Segundo o presidente do BB, o objetivo de retomar a concessão de crédito é “fazer com que o investidor volte a ter confiança e investir em nosso País”.
“Nós vamos com isso propiciar projetos robustos, fazer com que todos aqueles intervenientes de um processo de infraestrutura possam trabalhar de forma articulada de forma que aquele projeto que foi feito com base em premissas possa se efetivar na sua mais plenitude”, diz.
Educação – Caffarelli participou de reunião junto com o ministro da Educação, Mendonça Filho. No encontro, agendado a pedido do senador Cristovam Buarque (PPS-DF), o governo solicitou que, em 20 dias, a pasta faça estudos para apresentar projetos para o setor.
Segundo fontes que participaram da reunião, o senador sugeriu que o governo desenhe um projeto para alfabetização com apoio das estatais brasileiras. Além do representante do BB, estiveram na conversa o presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, e o presidente dos Correios, Guilherme Campos.
Ex-ministro da Educação do governo Lula, Buarque, que é um dos indecisos em relação ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, foi cotado para assumir a pasta da Cultura, que chegou a ser integrada à Educação quando Temer assumiu o poder.
Antes mesmo de ser convidado, ele rejeitou a participação no governo. Na época, Buarque disse que tinha “um papel a cumprir no Senado” e que não tinha “motivação para entrar no governo como ministro”.