A política de segurança pública faliu na capital da República. Ao longo dos cinco dias do feriadão que acabou nesta segunda, 6, quem deu as ordens foi a criminalidade. Da quarta-feira, 1, ao domingo, 5, foram batidos recordes negativos, segundo balanço divulgado pelo Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF).
“O que era para ser um período de descanso para o cidadão virou um verdadeiro cenário de guerra. Em Planaltina, por exemplo, foram quatro homicídios consumados e outros três homicídios tentados durante o feriado”, conta Rodrigo Franco Gaúcho, presidente do Sinpol.
“É preciso mais investimentos do governo na Segurança Pública. Não há como controlar tamanha criminalidade com o efetivo de policiais civis reduzido à metade”, disse Gaúcho.
Segundo o dirigente da entidade que representa a categoria dos policiais civis, a causa de tanta violência em Brasília “é uma política de segurança pública completamente equivocada, onde a Polícia Civil tem feito o papel da Polícia Militar e vice-versa, tudo com a conivência da direção da PCDF e sob o comando do secretário de segurança pública”.
Confira os dados do Sinpol:
- Homicídios consumados: 11
- Homicídios tentados: 10
- Latrocínios consumados: 0
- Latrocínios tentados: 11
- Estupros consumados: 6
- Estupros de vulnerável consumados: 9
- Roubo a drogaria: 5
- Roubo a posto de combustíveis: 5
- Roubo a pedestres: 301
- Roubo com restrição de liberdade da vítima: 7
- Roubo de veículo: 78
- Roubo em coletivo: 39
- Roubo em outros estabelecimentos comerciais: 11
- Roubo em parada de ônibus: 44
- Roubo em residência: 5
- Furto de veículo: 51
- Furto de motocicleta: 18
- Furto em interior de veículo: 113
- Furto de celular: 434
- Furto a transeunte: 31
- Furto de bicicleta: 6
- Furto em comércio: 44
- Furto em residência: 77
- Furtos diversos: 389