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Bandolim de Ângelo e voz de Jr lembram que ‘naquela mesa está faltando ele…’

As ondas lambiam a areia fina, enquanto a Lua, em sua fase crescente, refletia todo o seu esplendor sobre o mar tranquilo. Foi na noite cálida da sexta-feira, 11, quando um grupo de amigos, já entrelaçados por uma amizade antiga e inquebrantável, reuniu-se ao redor de uma pequena churrasqueira movida a carvão. Aromas misturavam-se ao som suave do bandolim de Ângelo, que aos poucos preenchia o ambiente com uma melodia conhecida de todos, entoada pela voz do sogro Jr.

Era como se o tempo tivesse parado. Cada acorde trazia à tona lembranças de verões passados, de risos juvenis e amores de Carnaval, daqueles que ficam gravados no peito. O ar, úmido e perfumado, era carregado de memórias e promessas de eternidade. Os amigos, já não tão moços, mas com o coração sempre jovem, começaram a cantarolar canções que haviam marcado suas histórias.

A música não era apenas uma trilha sonora para aquela noite; fazia, sim, a ponte que os conectava a momentos há muito vívidos, mas jamais esquecidos. Entre uma canção e outra, surgiam conversas sobre os tempos de escola, as aventuras de quando o mundo parecia menor… e a vida, eterna. Risos ecoavam, junto com olhares cúmplices que diziam mais do que palavras jamais poderiam.

Nessa noite o tempo era irrelevante. Apenas o presente, pontuado pelo passado, existia. A nostalgia não era um peso, mas um aconchego, uma certeza de que, mesmo com o passar dos anos, algumas coisas permanecem inalteradas. A amizade, o amor pelas coisas simples da vida e a beleza de uma noite à beira-mar.

Enquanto as estrelas iluminavam o céu, um último acorde ressoou, e o silêncio tomou conta do grupo por alguns segundos. Não era o fim de um evento qualquer, mas o início de mais uma lembrança, que no futuro será evocada com o mesmo carinho e saudade.

Aquela noite, embalada pelo som do mar e pelo calor da churrasqueira, ficará eternamente gravada nas almas de cada um ali presente. E, como todas as noites antológicas, manterá seu registro não pela quantidade de horas, mas pela intensidade com que foi vivida.

Nêgo, Fau, Rose, Mariana, Matheus, Larissa, Gabriel e até Géo – que deu uma escapada de sua toca – despediram-se com a promessa de novos encontros. Sobre uma cadeira, haverá, de novo, uma caneca gelada com o mais puro malte. Apenas para lembrar que “Naquela mesa está faltando ele, e a saudade dele, está doendo em mim”.

*José Seabra é diretor da Sucursal Regional Nordeste de Notibras

 

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