Aline Bronzati
O ano de 2016 será mais um exercício desafiador, mas a “fortaleza” das instituições bancárias possibilitará enfrentar e solucionar os desafios presentes, de acordo com o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal. “2015 foi um ano difícil com grandes desafios na política e economia e as projeções indicam que 2016 será outro ano desafiador”, avaliou ele, em discurso, durante almoço de fim de ano da instituição.
Segundo Portugal, o setor bancário se sobressai neste momento como fator de solidez e segurança. Afirmou ainda que o crédito pode ser uma alavanca “muito poderosa” desde que ofertado de forma consciente tanto para melhorar a vida das pessoas como também viabilizar o crescimento das empresas.
“Diferentemente de outros lugares no mundo, bancos são parte da solução e não do problema”, avaliou Portugal, lembrando que o crédito tem crescido em ritmo superior ao do PIB nos últimos anos.
O presidente da Febraban disse ainda que o setor bancário compreende o momento difícil e até mesmo a adoção de medidas que afetam o segmento, como o aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) que passou de 15% para 20%.
Portugal afirmou que o Brasil atravessa agora o pior momento da inflação, mas que em 2016 poderá haver uma redução importante do indicador. “A convergência da meta da inflação virá a seguir”, resumiu ele, sem citar o prazo para que a meta seja alcançada.
Portugal destacou ainda que o segmento sempre manifestou apoio ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Segundo o presidente da Febraban, Levy com “persistência e inteligência” obteve “êxitos importantes” à frente da pasta, citando, por exemplo, a correção dos preços administrados, entre outros.
Portugal mencionou ainda o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. “Com a administração de Tombini no Banco Central, houve avanços”, disse ele.
Para concluir, o presidente da Febraban ressaltou que o mercado está preparado para apoiar a retomada do crescimento do Brasil. “Temos compromisso forte com o futuro do Brasil”, afirmou Portugal.