Entre os deputados e senadores nota-se um movimento para se desvincularem presidente Michel Temer e, por extensão, do governo. Daqui em diante, estão preocupados tão somente com suas campanhas de reeleição, em outubro de 2018. Michel Temer a cada dia fica mais impopular. Alegam que se continuarem atrelados a ele significa perda de votos.
Os parlamentares pretendem continuar participando de votações de projetos de governo, mas apoiando aqueles que não apresentem ônus para os eleitores.Entre os deputados e senadores nota-se um movimento para se desvincularem presidente Michel Temer e, por extensão, do governo.
Daqui em diante, estão preocupados tão somente com suas campanhas de reeleição, em outubro de 2018. Michel Temer a cada dia fica mais impopular. Alegam que se continuarem atrelados a ele significa perda de votos. Os parlamentares pretendem continuar participando de votações de projetos de governo, mas apoiando aqueles que não apresentem ônus para os eleitores.
O próprio presidente já sentiu o distanciamento. Reunido com líderes partidários, nesta semana, Michel Temer admitiu serem mínimas as chances de aprovação da PEC da reforma da Previdência. A solução para esse tema ficaria para o presidente, a ser eleito o ano que vem.
Já o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles tem demostrado seu interesse em disputar a corrida presidencial. Essa disposição, certamente, representará água fria nas pretensões do governo em promover o ajuste das contas públicas.
O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, até hoje um apoiador do governo Temer, está tomando um rumo de independência. Nada de fechar, daqui em diante, com as medidas do governo. Passou a contestar o uso indiscriminado de medidas provisórias pelo presidente. Está defendendo uma mudança nas regras de tramitação das MPS, de forma a dificultar as suas edições.
Nessa semana, por exemplo, sem consultar o governo, Rodrigo Maia fez os deputados debaterem tão apenas projetos que tratam de segurança pública. Os debates foram em torno do “saidão” de presos à obrigação de bloqueadores de telefone celular nas cadeias.
O PSDB caminha também para se desligar do governo Temer. Hoje, os tucanos comandam quatro ministérios. Esse afastamento foi defendido pelo ex-presidente FHC, em artigo publicado domingo passado no jornal O Globo. A decisão final do afastamento deverá ocorrer em 9 de dezembro, durante a convenção nacional dos tucanos. A ideia dominante é o PSDB se afastar do governo, mas continuará dando apoio a todos as medidas que forem tomadas, no sentido de recolocar o país nos trilhos do crescimento.
Vemos o governo Michel Temer se definhando 14 meses antes do seu final. Está caminhando para uma situação que dificilmente ele terá condição de apoiar um candidato presidencial. Todos fogem da sua companhia.