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Basta! Pai não é para ser achacado pelo filho

A Central Judicial do Idoso – CJI realizou, entre os meses de janeiro e setembro deste ano de 2016, 1.986 atendimentos, sendo 796 acolhimentos (demandas que chegaram pela primeira vez) e 1.190 acompanhamentos (retorno à Central, de pessoas que já foram acolhidas).

Dos casos acolhidos no período, 216 relacionaram-se à violência contra pessoas idosas, sobretudo à violência financeira e à violência psicológica, cada uma delas com 74 ocorrências, seguidas da negligência, com 42 casos. Caracteriza a violência financeira, a exploração indevida da renda e apropriação do patrimônio do idoso, como, por exemplo, obrigar a pessoa a contrair empréstimo.

A violência psicológica é marcada por agressões verbais ou gestos que visem afetar a autoestima, a autoimagem e a identidade da pessoa idosa, ou mesmo aterrorizá-la. Incluem-se aqui insultos e ameaças. Por negligência, entende-se a falta de atenção para com as necessidades da pessoa idosa, como o descuido com segurança e higiene.

As principais vítimas de violência foram mulheres, em 112 casos. Já os homens somaram 72 casos. Os maiores agentes de violência foram os filhos, em 84 ocorrências, ou algum outro familiar, em 11 casos. As regiões administrativas com maior número de casos de violência atendidos pela Central foram Ceilândia, com 36, Brasília, com 22, e Taguatinga, com 16.

A Central Judicial do Idoso é um projeto pioneiro do TJDFT, do Ministério Público do DF e da Defensoria Pública. Atua no acolhimento aos idosos do DF que têm seus direitos ameaçados ou violados e que necessitam de orientação na esfera da Justiça. Seus objetivos principais são garantir a efetiva aplicação do Estatuto do Idoso, prover a comunidade do DF de informações, promover articulação com instituições para atendimento de demandas e assessorar autoridades competentes.

A Central Judicial do Idoso funciona no 4º andar do bloco B do Fórum de Brasília e atende os idosos das 12h às 18h. O telefone de contato é (61) 3103-7609.

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