Bater na mulher pode, mas estuprar, não. É por aí que a sociedade deve ver, Paes?
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emO prefeito do Rio, Eduardo Paes, aderiu à campanha “Eu luto pelo fim da cultura do estupro” e adicionou o selo à sua foto de perfil no Facebook, mas acabou sendo alvo de uma enxurrada de críticas devido a seu apoio a Pedro Paulo (PMDB) como futuro candidato à Prefeitura. Atual secretário-executivo de Coordenação de Governo, Pedro Paulo admitiu já ter agredido a ex-mulher, Alexandra Marcondes Teixeira.
“Não tô te entendo. Primeiro, fala que ‘as brigas são um problema do Pedro Paulo’ (o famoso ‘em briga de marido e mulher, não se mete a colher’) e agora quer pagar de empático com as mulheres vítimas do estupro? ‘Luta’ seletiva? Vai pagar de bom moço em outro lugar, vai”, protestou uma usuária.
“Luta como exatamente? Pois comece retirando seu apoio à candidatura do Pedro Paulo. Senão, sua ‘luta’ não tem a menor credibilidade, sr. prefeito”, escreveu outra.
Em novembro de 2015, após a imprensa ter revelado os registros da polícia sobre as ocorrências, Pedro Paulo confessou ter agredido Alexandra duas vezes, entre 2008 e 2010. “Quem nunca teve uma briga dentro de casa? Quem não tem um momento de descontrole?”, disse no ano passado.
Braço direito de Eduardo Paes e provável candidato a sucessor do prefeito no cargo, Pedro Paulo passou a ter sua futura candidatura questionada quando a história veio à tona. Paes, no entanto, defendeu o aliado. “Aspectos da vida dele, das brigas, do casamento, são um problema dele”, afirmou o prefeito, também em novembro do ano passado.
Hoje mais cedo, o prefeito falou sobre o caso do estupro coletivo durante a inauguração do Novo Joá, elevado construído para ligar a zona Sul do Rio à Barra da Tijuca. Paes destacou a atuação da prefeitura, por meio da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, com a criação de centros de atendimento e abrigo para mulheres em situação de risco.
“É importante não só o trabalho da polícia de apuração, mas a gente cada vez mais ampliar esses serviços”, disse o prefeito.