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Elizeth Cardoso, Dona Irene e eu

Bebendo sobre folhas mortas e formando trisal

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Autor/Imagem:
Eduardo Martínez - Foto Reprodução das Redes Sociais

Creio que praticamente todos que acompanham meus contos e crônicas sabem do meu amor pela minha mulher, a Dona Irene. No entanto, sem que ela soubesse, passei um dia ao lado de uma outra diva, que sempre passou pela minha vida de maneira discreta. Na verdade, sempre soube quem ela era, mas o culpado fui eu de nunca observá-la com os olhos do bom gosto. Mas agora, finalmente, me rendi aos seus encantos e, então, descobri que seria impossível não me apaixonar por ela: Elizeth Cardoso!

Tudo começou na noite anterior, quando futuquei o celular em busca de algo para ler antes de dormir. Nem sei o motivo pelo qual digitei Elizeth Cardoso, mas o fiz e comecei a ler sobre sua carreira, seus amores, descobri até que ela foi motorista de táxi por dez anos para ajudar a pagar as contas, já que era desquitada e tinha família para sustentar. Pois é, essa enorme estrela da música não teve um vida de princesa, como talvez muitos possam imaginar. Ela teve que ralar muito!!!

Seja como for, ainda me faltava recordar como era a voz da Elizeth. Puxei pela memória e me lembrava de um dueto entre ela e outra super maravilhosa estrela, a Elza Soares. Para falar a verdade, me lembrava vagamente do timbre, algo entre Ângela Maria e Elis Regina, imaginei. Eu até queria colocar uma música para tocar, mas já era tarde e eu estava sem fone de ouvido. Acabei adormecendo com o pensamento dividido entre a Dona Irene e a Elizeth.

Acordei bem cedo, resolvi tudo que tinha que resolver em casa e, então, fui trabalhar. Mas, antes de entrar no carro, já procurei no Spotify algumas músicas dessa mulher encantadora. Mal entrei no automóvel, já comecei pela primeira: “Folhas mortas”. Não sei o que me deu, mas várias imagens da Elizeth foram saltitando na minha mente, como se me dando uma bronca por ter demorado tanto tempo para ouvi-la de verdade.

Parei no sinal vermelho, quando começou “Eu bebo sim”. Gente, meus pés não paravam de mexer, tanto é que, sem querer, quase acabo provocando um acidente, já que meu pé direito bateu mais forte no acelerador. Que susto!!! Mas isso é para eu aprender a não ficar tanto tempo longe da Elizeth. E que me desculpe a Dona Irene, mas agora formamos um trisal.

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