As pessoas que bebem café regularmente podem ter uma expectativa de vida mais longa e ser menos propensas a sofrer de doenças cardiovasculares do que aquelas que se abstêm de consumir essa bebida, diz um novo estudo publicado no European Journal of Preventive Cardiology.
Na pesquisa, o café – incluindo moído, instantâneo e até descafeinado – foi “associado a reduções equivalentes na incidência de doenças cardiovasculares e morte por doença cardiovascular ou qualquer outra causa”, disse o autor do estudo, professor Peter Kistler, da Baker Heart and Diabetes.
“Os resultados sugerem que a ingestão leve a moderada de café deve ser considerada parte de um estilo de vida saudável”, declarou. Os pesquisadores usaram dados do UK Biobank, um repositório de amostras biológicas fornecidas por cerca de meio milhão de voluntários entre 40 e 69 anos de idade, para examinar associações entre tipos de café e “arritmias incidentes, doenças cardiovasculares e morte”.
A equipe acabou supondo que todos os tipos de café estavam “ligados a uma redução de morte por qualquer causa” e que todos os subtipos de café estavam “associados a uma redução de doenças cardiovasculares incidentes”, com duas a três xícaras dessa bebida por dia. sendo considerada como a quantidade que produz os melhores resultados para o bebedor.
Kistler também observou que, embora a cafeína seja o “componente mais conhecido do café”, a bebida contém mais de cem “componentes biologicamente ativos”.
“É provável que os compostos não cafeinados tenham sido responsáveis pelas relações positivas observadas entre o consumo de café, doenças cardiovasculares e sobrevivência”, observou. “Nossas descobertas indicam que beber pequenas quantidades de café de todos os tipos não deve ser desencorajado, mas pode ser apreciado como um comportamento saudável para o coração”.