Berlim e Kiev podem concluir um acordo sobre garantias bilaterais de segurança na Conferência de Segurança de Munique, em 16 de fevereiro, informou a mídia alemã neste domingo, 4, citando fontes do governo alemão.
Ao mesmo tempo, o vice-primeiro-ministro ucraniano para a Integração Europeia e Euro-Atlântica, Olha Stefanishyna, disse ao jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung que o projecto de acordo tinha sido preparado, mas o texto ainda não tinha sido totalmente acordado.
O porta-voz do governo alemão, Steffen Hebestreit, disse em 25 de janeiro que o chanceler alemão Olaf Scholz e Volodymyr Zelensky concordaram, numa conversa telefónica, em acelerar as conversações sobre compromissos bilaterais de segurança e medidas de apoio.
Em meados de Janeiro, a Ucrânia e o Reino Unido assinaram um acordo de cooperação em segurança de 10 anos, no qual Londres se comprometeu a apoiar Kiev durante esse período. O presidente francês, Emmanuel Macron, também anunciou a sua intenção de assinar um acordo semelhante com a Ucrânia.
Olaf Scholz é regularmente criticado pela oposição por negligenciar os interesses da economia nacional, ao mesmo tempo que promove a política externa dos EUA, especialmente no caso da Ucrânia. No início de Janeiro, os executivos empresariais alemães declararam uma “crise de confiança” no governo, acrescentando que este estava “fracassando em todas as frentes”.
Anteriormente, o presidente russo, Vladimir Putin, explicou que o “Ocidente coletivo” é o único responsável pela crise ucraniana, uma vez que o golpe violento na Ucrânia foi organizado pelos EUA, a fim de perturbar as relações entre Moscou e Kiev. “Os EUA arrastaram deliberadamente a Europa para o conflito ucraniano, a fim de perturbar as relações russo-europeias”, sustentou Putin.