Na última semana do Mês da Consciência Negra, o acervo de escritores negros na Biblioteca Nacional de Brasília ganhará uma autenticação especial.
O Selo Maria Firmina dos Reis, criado pela Secretaria de Cultura do DF, será lançado na terça-feira (28), com o objetivo de valorizar a produção literária afro.
Em homenagem ao centenário de morte da primeira romancista brasileira, que dá nome ao selo, a secretaria também investe na ampliação do acervo da biblioteca.
O local receberá mais de 100 livros de autores negros. As obras, fruto de doações, estarão disponíveis para empréstimo a partir de quarta-feira (29).
Um dos destaques da nova coleção é a produção feminina negra na literatura. Entre os títulos que comporão o acervo está o primeiro livro publicado por uma mulher negra no Brasil, em 1859.
Escrito em um contexto de segregação social e racial, Úrsula, de Maria Firmina dos Reis, é um romance abolicionista que apresenta forte imersão em elementos da cultura africana e inova ao retratar a escravidão do ponto de vista dos próprios escravos.