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‘Bicho vai pegar’ após o ataque de elite mal-amada a Xandão

Supostamente mal-humorados pela falta de perspectiva para o futuro, três personagens idiotizados da seita bolsonaristas se acharam no direito de hostilizar o ministro do STF Alexandre de Moraes e a família dele no saguão do aeroporto internacional de Roma. Fosse quem fosse o agredido, não haveria justificativa para a agressão. A gravidade é tratar-se de um magistrado da Suprema Corte, justamente aquele que tem no currículo os dois pés no traseiro do queridinho dos bobalhões endinheirados. É o exemplo do mau-caratismo, da intolerância e da arrogância internacional que o mito passou para seus súditos, travestidos de empresários, viajantes ou de cidadãos de bem.

São os que, parecidos com “príncipes”, amam dizer que não gostam do Brasil. Interessante é que a recíproca é verdadeira. A massa, o povão, os trabalhadores têm ojeriza à elite tacanha e estrognoficamente corrompida. A meu ver, esses boçais não deveriam sequer ser cultivados. Mas já que estão aí, que não sejam regados. Melhor: que sejam renegados, pois representam a expressão máxima do desprezo pelos menos robustos economicamente. Espécie de ser não definido, a falsa elite brasileira não se acha gente. Exatamente como o último de seus mentores, também conhecido por mito que virou pó. Aliás, se depender de nossos pobres e sofridos ricos, em breve voltaremos aos tempos da escravidão.

Sorte que eles não mandam mais. Certos de que o fato de terem dinheiro lhes garante o direito de bater, xingar e humilhar quem ousar se manifestar contrariamente aos pensamentos imbecis do líder que burramente idolatram, os facínoras de origem, conhecimento e futuro duvidosos são, na verdade, criaturas mal-amadas, mal-educadas, desencaminhadas e, eufemisticamente, mal-usadas. Além disso, são por natureza homofóbicas, racistas, enrustidas e acostumadas a mamar nas tetas do Poder Público. Como a mamata acabou, bateu o desespero, a destemperança e o pavor de perderem a máscara da realeza hipócrita e de fachada. Diria que a maioria dos que se mostram superiores à plebe estão bem próximos do calabouço da própria vaidade.

Os que não admitem perder a empáfia, sugiro dois caminhos para que alcancem o necessário e obrigatório salto de qualidade. Como se acham intelectuais e acima do bem e do mal, entendo que poderiam participar de um intensivão com o camarada democrata Vladimir Putin ou um dia e meio sob a batuta de Zé Galinha, líder vitalício da Cidade de Deus, uma das comunidades mais “tranquilas” e mais “suaves” do Rio de Janeiro. Com Putin, os riquinhos metidos a besta poderiam aprender como morrer asfixiados em cinco segundos. Talvez um minuto e meio. O detalhe é que, em qualquer lugar do mundo, o eliticídio, além de indolor, é invisível. Ninguém sabe, ninguém vê e ninguém escuta. Tudo em nome do belo sistema de governo do comandante em chefe da Rússia e adjacências.

Acabo de lembrar que os chamados poderosos não admitem cair para baixo. Só caem para cima. Por isso, certamente irão preferir usar os cachecóis e sobretudos importados na Sibéria, onde podem virar comida de lobos. Coitados dos bichinhos de estimação de Putin. Se a opção for pelo Zé Galinha, o risco será bem menor. Depois da visita às ruelas esburacadas da comunidade, seriam recebidos pelo citado “líder comunitário”, cuja fama de justiceiro e de rompedor de falsas virgens e de cozedor de pregas artesanalmente costuradas no pau de arara não é mais a mesma. Provavelmente ele não sujaria as mãos com gente desse tipo. De qualquer maneira, justiceiro ontem, sempre justiceiro. Então, quem tem aquilo que tenha medo.

Como devem estar os dois sujeitos e a dondoca que xingaram Xandão de “bandido, comunista e comprado” e agrediram seu filho em Roma. É claro que o ministro não deixará barato. Agressão, injúria e difamação são os menores dos crimes a que estarão sujeitos sem linha, sem classe e sem coisa alguma. Como a extraterritorialidade da lei penal assegura ao Judiciário do Brasil ouvir e, se for o caso, condenar os acusados, no mínimo os três inconsequentes e indignos ofensores e agressores terão de gastar somas consideráveis com advogados para conter a ira de Alexandre de Moraes, de seus pares do STF e de todas as autoridades brasileiras de bom senso. Ainda bem que o que não dói na alma e no coração, acaba doendo no bolso. Torço para que pelo menos sobrem os dentes superiores e a tração traseira dos novos inimigos de Xandão. O bicho vai pegar.

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