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Defensor da Amazônia

Biden encarna Curupira e faz ameaças ao Brasil

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Autor/Imagem:
Bartô Granja, Edição

Como já se tornou tradicional dos debates nos Estados Unidos, a questão ambiental apareceu com força no primeiro encontro entre os postulantes ao pleito de 2020, Donald Trump e Joe Biden. Vice-presidente durante a gestão Barack Obama, Biden tratou do tema em um discurso que respingou até no Brasil. O candidato democrata voltou a citar a ideia de criar um fundo mundial de US$ 20 bilhões para que o Brasil “pare de destruir a floresta”. Caso contrário, ele diz que ameaçaria o país com consequências econômicas.

“As florestas tropicais do Brasil estão sendo destruídas. Mais carbono é absorvido naquela floresta do que é emitido pelos Estados Unidos. Vou garantir que vários países se juntem e digam (ao Brasil): aqui estão 20 bilhões de dólares. Parem de destruir a floresta. E se vocês (Brasil) não pararem (de destruir a floresta), então vocês sofrerão significativas consequências econômicas”, disse.

A postura do presidenciável norte-americano transportou os telespectadores a uma lenda da Amazônia. Foi como se Biden tivesse se vestido do Curupira para se fazer guardião da floresta. E a exemplo do personagem mitológico que ameaça os destruidores das florestas, ele sinalizou que, eleito, imporá sanções ao Brasil, obrigando o governo a manter a selva viva.

Biden também defendeu o retorno dos Estados Unidos ao Acordo de Paris, com metas para a redução dos impactos sobre o meio ambiente. “A primeira coisa que vou fazer é readerir ao Acordo de Paris. As florestas no Brasil, por exemplo, estão desmoronando”, disse Joe Biden, para quem a decisão de Trump de deixar o acordo ambiental foi ruim para o país.

O atual presidente defendeu a sua posição a respeito do tratado sobre as mudanças climáticas. Candidato republicano à reeleição, Trump disse que a volta ao Acordo de Paris seria um “desastre” e que as empresas americanas “estão indo muito bem” sem as limitações do tratado.

Em relação às propostas, o atual presidente propôs um programa de plantação de árvores e limpeza das águas. Já Biden bateu na tecla de um programa de energias renováveis, com menor dependência dos combustíveis fósseis.

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