O atentado que matou mais de 70 pessoas em Cabul, capital do Afeganistão, nesta quinta, 26, não ficará sem resposta. É o que garante o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden: “Sentimo-nos indignados e com dor. Não vamos perdoar e não vamos esquecer isso. Vamos caçá-los e vamos fazê-los pagar por isso“.
O Estado Islâmico (EI) assumiu a responsabilidade pelos ataques perto do aeroporto de Cabul por meio da conta do grupo no Telegram. Em um comunicado divulgado por sua agência de propaganda Amaq, o EI manifesta orgulho por que um de seus combatentes “conseguiu ativar seu cinturão de explosivos” perto de um grupo de colaboradores norte-americanos.
O porta-voz do Talibã, Suhail Shaheen, disse que o grupo condena “veementemente” as duas explosões que causaram pelo menos 72 mortes, incluindo menores e soldados dos Estados Unidos. Os feridos são mais de 200.
O general William “Hank” Taylor, do Exército norte-americano, confirmou que 12 militares norte-americanos morreram e 15 ficaram feridos. Ele advertiu que os Estados Unidos retaliarão. O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, reiterou o pedido da União Europeia para garantir vias de acesso seguras ao aeroporto.
Pelo menos seis países europeus —Polônia, Hungria, Holanda, Dinamarca, Alemanha e Bélgica— já haviam encerrado a evacuação de pessoas do Afeganistão, devido ao agravamento da situação de segurança e à ameaça de um ataque suicida. A Espanha planeja concluir a missão de evacuação nesta sexta-feira.