O Distrito Federal passa a ser o foco do líder nacional nas pesquisas, capitão-deputado Jair Bolsonaro (PSL). Na avaliação dele, a eventual eleição (tudo é possível no cenário atual) do general Paulo Chagas (PRP) no Distrito Federal representa uma referência de gestão rígida e competente e um exemplo para o País.
Esse comentário foi feito sob reserva pela cúpula da campanha do general, em decorrência de pesquisa do Instituto Paraná. Considerada confiável, a averiguação das intenções de votos revela que haverá surpresas no próximo pleito.
Na sexta-feira, 13, uma produção articulada a partir de Brasília, de notícias de que Jofran Frejat (PR) desistiria de ser candidato tomou conta das redes sociais. Um movimento amador entendeu que Frejat deveria alardear sua desistência em função de denúncias de ligações perigosas.
A ideia dos seus correligionários era a de que ele recebesse um apoio contundente, apesar de estar intimamente ligado a condenados pela Justiça.
A ação acabou se transformando em um tiro no pé.
As ligações são mesmo muito perigosas. Quem orienta seus passos é Arruda, preso, condenado, inelegível. Tem ainda Tadeu Fillippeli, também preso e investigado. E muio mais gente que, no frigir dos ovos, não passam de tira-gosto no banquete de malfeitores.
Nas cercanias de Frejat mais de 30 pessoas foram presas no episódio da Operação Caixa de Pandora. Esse é o apoio que tem Frejat. Sua biografia, agora usada por delinquentes políticos, o coloca no mesmo patamar de investigados, presos, condenados e inelegíveis.
Um canal de notícias informou que só Alexandre Guerra e Fátima do Psol representam o novo. Outro tiro no pé.
Caso Bolsonaro seja presidente e o general seja governador do Distrito Federal, essa rede de notícias terá o tratamento adequado, justo, em função dos números que vão apresentar, segundo os futuros responsáveis pela comunicação em um eventual governo de Paulo Chagas.
Bolsonaro já disse que pretende fazer justiça à imprensa. Paulo Chagas certamente fará o mesmo, garante seu staff.
Mas a política é assim mesmo, imprime uma dinâmica de risco, de aposta. Os editores e responsáveis pela imprensa, além de jornalistas, não deveriam advogar em cenários nebulosos, defendendo fichas-sujas como a claque que envolve nomes favoritos nas pesquisas.
O levantamento do Instituto Paraná afirma que Frejat tem 25,4% dos votos. Rollemberg tem 11,5%. Eliana tem 9,8%. O general Paulo Chagas, pouco mais de 5%.
E aí chegam os índices de rejeição: 70% não votariam em Rollemberg de jeito nenhum, o que significa que ele está fora. Frejat tem 43%. Com a sua ligação pública à turma da Caixa de Pandora, esse índice deverá ser crescente.
Eliana Pedrosa goza de 50% de rejeição, percentual muito alto para quem tem como vice Alírio Neto, que se viu envolvido em ação por improbidade administrativa.
Na mesma pesquisa Paulo Chagas chega em quarto lugar, incólume, na frente de figurinhas carimbadas como Chico Leite, Izalci e Joe Valle. E isso sem ter feito qualquer acordo com outras agremiações.
Se a sociedade quiser mesmo mudar algo, a tendência será uma surpresa: Guerra, Fátima e Paulo Chagas são os únicos que chegam sem relações suspeitas.
Ao menos por enquanto nenhum deles expôs vísceras fétidas.