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Bloco dos Bancários sai pelas ruas do centro de São Paulo pregando diversidade

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O Bloco dos Bancários saiu nesta segunda, 1, pelas ruas do centro da capital paulista levando aos foliões o tema da diversidade. O desfile do bloco, que faz parte da programação oficial do carnaval de rua da cidade, foi puxado pela Banda Alegria. A saída foi na Praça Antônio Prado e o percurso foi por algumas vias do centro.

Para terminar, os foliões aproveitaram um baile de carnaval no Grêmio Café dos Bancários, localizado na sede do Sindicato dos Bancários. É o oitavo ano que o grupo sai às ruas.

Seguidores do bloco lembraram que, ao longo do tempo, mulheres sofreram abusos, pelo simples fato de serem mulheres; pessoas com orientação sexual diferente da da maioria foram queimadas, negros, vendidos como escravos e tribos indígenas, exterminadas. O tempo passou, mas muitas cenas de violações dos direitos humanos como essas ainda ocorrem mundo afora, marcadas pela intolerância, acrescentaram os foliões.

O bloco, em contrapartida, veio celebrar o respeito e procurou mostrar que a diversidade pode alegrar e enriquecer a vida: “é o carnaval de todas as cores, porque somos de várias cores, credos, temos diferentes opções, não somos iguais, mas temos todos o mesmo direito ao respeito”, disse a presidenta do Sindicato dos bancários, Juvandia Moreira. Segundo Juvandia, educar para a diversidade é “formar cidadãos com visão ampla para o mundo, sabendo conviver com diversas realidades, feliz com as diferenças”.

Também saíram no bloco membros da Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência dos Funcionários do Banco do Brasil (Apabb). A presidenta da Apabb, Sandra Miranda, ressaltou que o bloco deste ano fala sobre a diversidade, a convivência e a tolerância, o que faz com que a presença dessas pessoas seja muito adequada.

Sandra destacou a importância da convivência na cidade com pessoas do jeito que elas são, incluindo as pessoas deficientes. “O slogan da Apabb diz que ‘normal é ser feliz’ e o bloco de  carnaval é um momento de felicidade, um momento em que é bacana as pessoas aproveitarem a rua, aproveitar a festa, que é de todo mundo, inclusive da pessoa com deficiência.”

A expectativa das pessoas que representam a associação é de curtir o carnaval e dar visibilidade à causa da pessoa com deficiência. “Se a pessoa com deficiência não vai para a rua, não aparece, ninguém lembra dela. Entrou em vigor recentemente a lei brasileira de inclusão, e nós precisamos ocupar a rua. É bacana fazer isso através de um bloco de carnaval, com alegria”, acrescentou.

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