Bartô Granja, Edição
Efetivado após o impedimento de Dilma Rousseff, o presidente Michel Temer completa nesta segunda-feira quatro meses na Presidência da República. E com notícias de melhoras na economia, conforme revela o Boletim Focus.
Ainda que a retração prevista para a economia este ano seja forte, a abertura dos dados do Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 12, mostra uma redução gradativa da recessão projetada pelos profissionais do mercado financeiro.
Desde que Temer assumiu a Presidência da República, em 12 de maio, até a última sexta-feira, 9, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2016 foi de queda de 3,88% para retração de 3,18% – uma mudança de 0,70 ponto porcentual. Para 2017, a projeção de crescimento do PIB passou, no período, de 0,50% para 1,30%.
O Relatório de Mercado Focus mostrou mudança marginal na estimativa para o câmbio deste ano. O documento divulgado na manhã desta segunda-feira, 12, pelo Banco Central indicou que a cotação da moeda estará em R$ 3,25 no encerramento de 2016, abaixo dos R$ 3,26 da projeção da semana anterior. Um mês atrás, estava em R$ 3,30. O câmbio médio de 2016 permaneceu em R$ 3,44 – um mês antes, estava em R$ 3,45.
Para o fim de 2017, a mediana para o câmbio seguiu em R$ 3,45 de uma divulgação para a outra – quatro semanas atrás estava em R$ 3,50. Já o câmbio médio de 2017 seguiu em R$ 3,38 – estava em R$ 3,41 um mês atrás.
Já sob influência da ata do último encontro do Comitê de Política Monetária e dos dados de inflação divulgados pelo IBGE, os economistas do mercado financeiro mantiveram no Relatório de Mercado Focus, suas previsões para a taxa básica de juros neste e no próximo ano.
A mediana das expectativas para a Selic em 2016 seguiu em 13,75% ao ano. Já a taxa básica para o fim de 2017 permaneceu em 11,00% ao ano. Há um mês, as projeções também eram de 13,75% e 11,00%, respectivamente.
Após a divulgação da inflação oficial de agosto, na última sexta-feira, 9, o Focus traz uma leve mudança para a projeção de inflação em 2016. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) estimado para este ano passou de 7,34% para 7,36%. Há um mês, estava em 7,31%. Já o índice para o ano que vem permaneceu em 5,12%. Há quatro semanas, apontava 5,14%.
Na sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação em agosto foi de 0,44%. Houve desaceleração ante a taxa de 0,52% de julho. Em 2016, o IPCA acumula 5,42% e, em 12 meses, a taxa subiu de 8,74% para 8,97% – ainda mais distante da meta de inflação perseguida pelo Banco Central, de 4,5% para este ano, com tolerância de até 2 pontos porcentuais. Para 2017, a meta também é de 4,5%, com margem de 1,5 ponto porcentual.