Os bolsominions, acostumados a acusar sem provas a China de criar e disseminar a Covid, voltam suas baterias agora para o povo palestino, que está sendo massacrado por ataques das forças armadas judias, provocando, isso sim, um verdadeiro holocausto.
Seguidores fanáticos do presidente Jair Bolsonaro, acusado de genocídio por deixar o novo coronavírus voar pelo Brasil ao Deus dará, os bolsominions estão fazendo circular fake news, com versão mentirosa e vergonhosa, de que Lula, quando presidente da República, doou 25 milhões de reais para o Hamas.
Inspirado no Gabinete do Ódio que funciona no Palácio do Planalto, esse grupo de neofascistas sequer conhece história. Contra as fake news dos bolsominions, a verdade: em 2010, num esforço promovido pela ONU, o Brasil doou 25 milhões de reais à Autoridade Nacional Palestina para a reconstrução de Gaza.
As doações foram feitas por dezenas de países. Uns mais, outros menos. O total chegou a dois bilhões de dólares. O dinheiro foi empregado na reconstrução de hospitais e serviços básicos como fornecimento de água e energia elétrica, além de infraestrutura rodoferroviária.
A Palestina tem dois grupos políticos. O Hamas e a Al Fatah. Nenhum, porém, pode ser chamado de terrorista. Incitados pelos vizinhos de Israel, os dois grupos entraram em uma guerra civil que só interessava aos judeus. Assinado um acordo de paz mediado pela ONU, a Faixa de Gaza ficou sob o controle do Hamas, cabendo à Al Fatah dirigir a Cisjordânia.
Nos últimos dias, ao ver fracassadas suas novas tentativas de jogar mais uma vez os palestinos uns contra os outros, os judeus decidiram expulsar famílias palestinas que viviam em Jerusalém, tomando suas propriedades.
Os ânimos ficaram acirrados e o Hamas – e não a Al Fatah – disparou foguetes de curto alcance contra cidades judaicas, provocando pequenos danos materiais. Como resposta, um míssil de Israel derrubou um edifício residencial de 13 andares na Faixa de Gaza. Morreram mais de 20 pessoas, incluindo mulheres e crianças.
Nas últimas 72 horas a crise aumentou. Os povos árabes condenam os judeus. A história de Davi e Golias se inverte. Os turcos, em condições de medir forças com os judeus, advertiram o premiê Benjamin Netanyahu: pare com a carnificina.
Bibi, genocida, finge não ouvir a advertência e mantém o sangue nos olhos. Mas Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia, não costuma ameaçar. Ele vai e faz. Principalmente quando tem as costas alisadas por Vladimir Putin e pelos aiatolás do vizinho Irã.
Para encerrar a aula: por mais que espalhem ódio, os seguidores de Bolsonaro não conseguirão jogar numa praça de guerra árabes e judeus que vivem pacificamente no Brasil. Se sangue tiver que jorrar, que seja o dos bolsominions.