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Bolsonarismo dá sinais de medo na briga com Moraes

O Judiciário acima de tudo – abaixo de Deus, mas transitando por sobre este solo tupiniquim, onde gente que chega ao poder se imagina membro do Olimpo. Essa a nova realidade entre bolsonaristas extremistas que começam a recuar em sus ataques ao Judiciário e, consequentemente, a pedir desculpas por atos sem propósitos.

O primeiro a rever seus conceitos foi o deputado Otoni de Paula (PSC-RJ), que recebeu ordens expressas para tirar do ar vídeos em que xinga Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O parlamentar bolsonarista pediu desculpas ao ministro.

“Tenho consciência de que, ao manifestar-me em defesa do jornalista Oswaldo Eustáquio, extrapolei meus próprios limites éticos ao adjetivar o ministro de forma deselegante. Tirando esse fato, no qual peço desculpas publicamente ao ministro, não considero que nenhuma das minhas falas ou postagens tenham o mesmo cunho de agressividade, e sim refletem o meu livre e sagrado direito de expressão”, disse Otoni.

Em vídeo publicado no início do mês passado, o deputado, na época líder do governo na Câmara, chamou Alexandre de “lixo”, “canalha” e “tirano, alguém que passa por cima das leis para o seu bel prazer”. “Isto é Alexandre de Moraes: um déspota, que a cada dia está com menos respeito da população brasileira”.

Na quarta, 5, o juiz Guilherme Madeira Dezem mandou o deputado apagar o vídeo. Em liminar, ele disse que Otoni não podia usar seu direito a liberdade de expressão como “escudo para a prática de crimes contra a honra”. O magistrado fixou multa de R$ 50 mil por cada dia de desrespeito à decisão.

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