Já não passam mais de meras especulações as construções dos cenários político-partidários para os fins eleitorais em 2022. A antecipação da pré-campanha presidencial, com a polarização entre Lula e Bolsonaro, implica necessariamente no start ao processo das disputas regionais. O recuo do presidente da República pós 7 de setembro, trouxe à tona a hipótese de não o considerá-lo como candidato à reeleição. O restante de seu mandato, caso consiga concluir, depende muito mais da manutenção de sua nova postura prescrita por Michel Temer. Caso Bolsonaro aceite em se manter “medicado”, sua prioridade deveria ser a de esquecer uma nova campanha, para dedicar-se em deixar algum legado que não o do destempero emocional. Fora do pleito, Bolsonaro deixará órfãos alguns pretensos candidatos aos governos dos estados e do Distrito Federal que ainda acreditavam poder tirar proveito do seu apoio. Porém, como dizia o célebre mineiro Magalhães Pinto, “Política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou…”