Bolsonaro tem uma reunião marcada com a cúpula do ainda em construção Alianço pelo Brasil para o início de dezembro. O presidente espera ouvir de Luiz Felipe Belmonte, por exemplo, que o partido é viável e que estará em condições de disputar as eleições de 2022. O medo do capitão é não ter um partido organizado para alavancar sua reeleição. Belmonte, vice-presidente da futura legenda, está tranquilo. Seus assessores garantem que ele tem corrido contra o tempo, numa articulação ferrenha com Admar Gonzaga, secretário-geral do projeto partidário, para organizar o Aliança nos estados, a quem atribuiu, inclusive, a missão de aparar arestas entre diferentes correntes que disputam a cereja do bolo a nível regional. Belmonte sabe que a preocupação de Bolsonaro aumentou a partir do ‘não’ de Marcos Pereira para entregar o Patriota de mão beijada. E avalia, consequentemente, que a hora de alavancar o Aliança nunca esteve tão próxima.