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Bolsonaro, Ciro e Moro brigam por vaga contra Lula em 2022

Uma nova rodada de pesquisas sobre as eleições do próximo ano acaba de sair do forno. É a da XP/Ipespe. Produzido entre os dias 5 e 7 de julho com mil entrevistados, o estudo ouviu mil pessoas. A exemplo de outros levantamentos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está no segundo turno. Três supostos candidatos disputam entre si a segunda vaga: o presidente Jair Bolsonaro, o pedetista Ciro Gomes e Sérgio Moro, ex-ministro da Justiça que comandou a Lava Jato.

A avaliação negativa da gestão Jair Bolsonaro permanece em alta, tendência que é registrada nas onze pesquisas da pesquisa XP/Ipespe realizada anteriormente. Desde outubro, quando atingiu seu menor patamar recente, o grupo dos que consideram o governo ruim ou péssimo passou de 31% para os 52% capturados pelo levantamento atual – o maior número desde o início do governo. No mesmo período, os que avaliam o governo como bom ou ótimo saíram de 39% para 25%.

Pelo levantamento, a piora na imagem do governo acontece em descompasso com outro indicadores, como a melhora na percepção sobre o caminho da economia (a avaliação de que ela está no caminho certo oscilou de 29% para 30%) e o medo sobre a pandemia de coronavirus (caíram de 45% para 38% os que dizem estar com muito medo).

Em um momento em que o governo é confrontado com suspeitas em negociações sobre a compra de vacinas, a percepção de que o noticiário é negativo para o presidente segue em alta e atingiu 60% – indicador que mantém correlação com a avaliação do governo.

Sobre as suspeitas de desvios, 81% dizem ter tomado conhecimento – elas são consideradas provavelmente verdadeiras por 63%. Para 41% há envolvimento de membros do governo e para 15%, de Jair Bolsonaro. Outros 28% avaliam que há envolvimento dos dois. Sobre um pedido de impeachment do presidente, há divisão da população: 49% dizem ser favoráveis e 45% são contrários – há cinco meses, os favoráveis eram 46% e os contrários, 47%.

Segunda vaga
A rodada de julho da pesquisa XP/Ipespe mostra que, a quinze meses da eleição, o ex-presidente Lula mantém sua trajetória de crescimento e atinge 38% das intenções de voto, contra 26% de Jair Bolsonaro – a distância que era de 4 p.p. em junho passou para 12 p.p. Mas o presidente não corre sozinho por essa caga no segundo turno.

Observa-se no levantamento que outros nomes aparecem para embolar o meio de campo. São os casos de Ciro Gomes (10%), Sérgio Moro (9%), Mandetta (3%), João Doria (2%) e Guilherme Boulos (2%). Em um cenário alternativo, em que Doria é substituído por Eduardo Leite, do mesmo partido, o governador do Rio Grande do Sul vai a 4%. Nesse mesmo cenário, Moro é substituído por Datena, que pontua 4%. A liderança permanece com o ex-presidente Lula, com 35% – 8 pontos à frente de Bolsonaro, que tem 27%.

No cenário espontâneo, em que não são apresentados os candidatos, Lula e Bolsonaro são os mais mencionados. O ex-presidente oscilou 1 p.p. em relação a junho, e tem 25%. O atual mandatário recuou 2 p.p., e aparece com 22%. Em simulações de segundo turno, Lula amplia vantagem sobre Bolsonaro e atinge 49%, contra 35% do atual presidente.

A avaliação negativa da gestão Jair Bolsonaro, pontua a pesquisa, permanece em alta. Desde outubro, quando atingiu seu menor patamar recente, o grupo dos que consideram o governo ruim ou péssimo passou de 31% para os 52% capturados pelo levantamento atual – o maior número desde o início do governo. No mesmo período, os que avaliam o governo como bom ou ótimo saíram de 39% para 25%.

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