Bolsonaro corre para por um técnico na Saúde

O general Eduardo Pazuello não vai para a reserva. Manterá a farda e ocupará algum comando no âmbito do Exército. A pressão para que ele deixe a condição de ministro-substituto da Saúde ganhou força após as críticas de Gilmar Mendes e aumentou nas últimas horas com o alerta de Luiz Henrique Mandetta, revelam assessores próximos a Bolsonaro.

Disse o ex-ministro da Saúde, em entrevista a O Globo, que Pazuello “não tem nenhuma formação na área. Zero. Quem pode acreditar num cara que estava querendo maquiar os números de mortos na pandemia?”.

Ainda segundo Mandetta “o que mais assusta é a quantidade de militares que botaram lá. Foram retirando técnicos de carreira para nomear coronel, capitão e sargento. Tudo com a desculpa de que o ministério tinha muito comunista, muito disco voador (…). Não é a praia deles”.

A gota d’água para a saída de Pazuelloo pode ter sido o fecho da entrevista de Mandetta: “É como colocar médicos para comandar uma guerra. Ou como tirar os jogadores da seleção e escalar 11 coronéis numa Copa do Mundo. O Brasil não vai tomar outro 7 a 1, vai tomar de 20.”