Tem “muita frescura” e muito ‘mi mi mi’ em torno da Covid e a hora é de arregaçar as mangas para o País não falir. Essa a opinião do presidente Jair Bolsonaro, manifestada nesta quinta, 4, em visita a São Simão, em Goiás.
As palavras do presidente foram vistas como um recado a governadores e prefeitos que têm determinado restrições no funcionamento da economia e circulação de pessoas para combater ao novo coronavírus.
“Vocês não ficaram em casa. Não se acovardaram. Temos que enfrentar os nossos problemas. Chega de frescura, de mi mi mi. Vão ficar chorando até quando?”, indagou Bolsonaro a um público que se aglomerava à sua volta.
O presidente disse lamentar as mortes provocadas pela doença, mas insistiu que o Brasil não pode parar. “Respeitar, obviamente, os mais idosos, aqueles que têm doença, comorbidade, mas onde vai parar o Brasil se nós pararmos?”, disse.
O presidente defendeu que o desemprego no país não pode ser tratado “depois” e que a pandemia e as dificuldades econômicas enfrentadas pelos brasileiros têm de ser tratadas simultaneamente.
“Se ficarmos em casa o tempo todo e dizermos o tempo todo que ‘a economia vamos ver depois’, uma parte nós estamos vendo agora o que foi essa política. Qual o futuro do Brasil?”, questionou.
Referindo-se aos decretos que restringem funcionamento ao que é “essencial”, o presidente defendeu uma definição do que acredita se encaixar nesse grupo: “Atividade essencial é toda aquela necessária para um chefe de família levar o pão para dentro de casa”.