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Bolsonaro declara guerra à Palestina e irrita povo árabe

Foto/Arquivo Notibras

O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, afirmou nesta terça-feira, 7, que, caso seja eleito, vai retirar a Embaixada da Palestina do Brasil. Para ele, a representação diplomática não pode existir em Brasília porque “a Palestina não é um país”.

“A Palestina não sendo país, não teria embaixada aqui. … Não pode fazer puxadinho, se não daqui a pouco vai ter uma representação das Farc aqui também”, afirmou Bolsonaro, citando as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, organização paramilitar que atuou por cinco décadas na guerrilha local e que chegou a um acordo de paz com o governo do país em 2016.

A afirmação do presidenciável irritou os árabes brasileiros, não apenas com a ameaça de fechar a representação diplomática palestina, mas ao comparar aquele governo às Farc da Colômbia, grupo paramilitar reconhecido como terrorista.

Ao citar as negociações feitas pelo gestão da ex-presidente Dilma Rousseff com os palestinos, Bolsonaro classificou o governo da região como “terrorista”.

“A Dilma negociou com a Palestina e não com o povo de lá. Você não negocia com terrorista, então, aquela embaixada do lado do (Palácio do) Planalto, ali não é área para isso”, disse.

Questionado sobre como será sua atuação na política internacional, Bolsonaro afirmou que buscaria ampliar o diálogo com Israel, com os Estados Unidos e com a Europa.

Ele afirmou também que é preciso “dar a devida estatura” ao Mercosul. “A gente não pode ser um país com o PIB do tamanho de quase toda a América Latina e ficar subordinado a eles”, afirmou.

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