Bolsonaro fez lembrar nesta sexta, 24, a velha raposa política Antônio Carlos Magalhães, que costumava dizer que seus adversários, ao acusá-lo de algo, falavam, falavam e não diziam nada. Foi assim durante o pronunciamento no Palácio do Planalto, onde acreditava-se que ele pontuaria respostas às acusações de Sérgio Moro, feitas horas antes. O Brasil esperava uma reação contundente, mas o presidente, especificamente sobre o episódio das demissões do ministro da Justiça e do diretor da Polícia Federal Maurício Aleixo, se resumiu a dizer que Moro (e isso é grave) queria negociar a troca do comando na PF por sua indicação para o Supremo; e que Valeixo ligou na noite de quinta-feira pedindo demissão. Cabe aos dois, agora, negar ou confirmar. No mais, Bolsonaro, ladeado por seus ministros, preferiu enaltecer a figura de garanhão do seu filho mais novo e lembrar supostas acusações atribuídas à imprensa de que a avó e a mãe da primeira-dama Michele tiveram há muito, muito, muito tempo atrás, problemas com a justiça. A primeira, por tráfico; a segunda, por falsificar a idade, para baixo.