Vem eleição aí
Bolsonaro deve deixar de firulas e tocar o barco
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emNão existirão mais novidades sobre a Covid-19. Apenas estatísticas fúnebres e esperanças sobre métodos de tratamento e cura. Só temos que aguardar. O Brasil tem a competente orquestração de Henrique Mandetta, ministro da Saúde, que segue fazendo o que deve ser feito, apesar de Bolsonaro “causar” ao sair pelas ruas de Brasília sem que alguém entenda a “incrível, surpreendente e inteligentíssima” estratégia adotada por ele de desmoralizar a primeira fase de combate ao vírus, que é o isolamento social.
Esse período, que atrasa a propagação, é o tempo necessário para que seus ministros, competentes, possam instalar a infraestrutura necessária para atender à população. Se não ganhar tempo, será um caos. Vai entender… Aqueles que acreditam em poderes de outra dimensão, especialmente espiritualistas, passam a acreditar que a formação de um ministério de tamanha grandeza seja obra do carma (bom) de 60 milhões de pessoas e não crédito exclusivo do presidente eleito por eles. Uma espécie de crédito conquistado pela população por interromper um ciclo nefasto promovido pelo PT e seus partidos asseclas, que destruiu os valores humanos e segregou as classes sociais.
No início tínhamos a tríade – e ainda temos – formada por Sergio Moro, Tarcísio de Freitas e Paulo Guedes. Todos especialistas e técnicos em suas áreas e grandes oradores. Agora surge Henrique Mandetta, de fala fácil, didático, responsável, para compor o quarteto fantástico no qual Bolsonaro deve confiar. Não só. Deve entender que um grande líder sabe escolher grandes nomes e esse é o seu mérito – isso, sim, deve ser propagado, com entusiasmo.
Fica a impressão, com as atitudes do capitão, de que esses ministros causam insegurança à sua liderança. Então ele se faz de teimoso para demonstrar poder. Esse raciocínio é coisa de menino fracassado, que não comeu ninguém no colegial. Bolsonaro deve confiar neles. Sem a paranoia de temer a competência desses nomes ou criar factoides para blindar sua liderança.
Fazer papel de bobo no rico e bem informado Setor Sudoeste de Brasília – onde obteve o maior índice proporcional de votação do Brasil – ou na pobre Ceilândia, reduto de sua esposa, não leva a nada. Não é necessário, seus ministros são a segurança do seu cargo, apoiados por outros grandes brasileiros que ainda resistem, na intimidade da presidência e no controle das armas, para não devolver o Brasil à quadrilha de criminosos astutos e inescrupulosos, reconhecidos como bandidos internacionais de alta periculosidade, embora recebam a bênção do Papa argentino.
Perdendo tempo com firulas infantis, Bolsonaro esquece do processo eleitoral, da pressão que deve fazer imediatamente para que a lei que determina a impressão do voto seja imediatamente regulamentada e cumprida. Não pode perder o foco. Dizem que foi surrupiado em milhões de votos na sua eleição e até agora, ano de novas eleições, nada foi mudado ou cumprido legalmente. Esqueça, presidente, a Covid-19, deixe o Mandetta trabalhar e tenha foco nas eleições de 2020 e no voto impresso, onde está mais um importante gatilho preparado por essa quadrilha que ocupa outros poderes. O resultado pode ser desastroso para seus apoiadores e para o Brasil.
Ao contrário de seus contemporâneos, Bolsonaro parece nunca ter dado uma palmada na bunda de um filho. Não confie na máxima de que fiofó de criança e bêbado, Deus protege. Fique em casa, presidente, nós pagamos o aluguel sem reclamar. Cuide das eleições e das urnas. Esqueça Covid-19, estamos em 2020. Preste atenção em outro fato definitivo: ou você confia nos bons que entendem suas limitações, são aliados honestos, querem o bem do Brasil igualmente, ou mergulhe no papel de garoto propaganda de atividades religiosas que prometem aquilo que não podem entregar. Aleluia, irmão!