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Questão de segurança nacional

Bolsonaro deve fazer Lava Mata para a Amazônia

Publicado

Autor/Imagem:
Ka Ferriche

O governo de Jair Bolsonaro tem mesmo missões quase impossíveis para cumprir. Entre os dias 25 e 28 de fevereiro de 2019, Notibras publicou com exclusividade a Série Fundo Amazônia em quatro capítulos. O assunto é tratado na 5ª Vara Federal do DF, onde matérias deste portal fundamentam a ação, mas o juízo daquela instância cedeu aos argumentos do BNDES, contra as múltiplas razões do pesquisador e autor Claudemiro Soares, para investigar e interromper as atividades que, segundo ele, lavam recursos estrangeiros, especialmente vindos da Noruega.

O tema é de segurança nacional, mas o arcabouço da trama é de extrema sofisticação e permeia os mais diversos setores: órgãos públicos, ONGs, parlamentares, empresas privadas, partidos políticos, países interessados na exploração do nosso território, ministérios públicos, tribos indígenas, paróquias, tribunais de contas, governos estaduais e municipais, empresas multinacionais.

As contas projetadas apontam para um surrupio de trilhões – isso mesmo – trilhões de reais em minerais sólidos e líquidos que, de acordo com as alegações impetradas na peça pela advogada Dênia Magalhães, por extensão, é o foco de vários governos, em especial os da Noruega e Alemanha.

Aos leitores da série publicada por Notibras, a visão da realidade que acontece em torno do Fundo Amazônia está mais clara. Entretanto, os autores da ação encaminharam uma réplica contradizendo todos os argumentos da defesa do BNDES, que é competente, segundo eles, para confundir juízes, deputados e senadores, TCU, MP, além de ministros do atual governo e o próprio Bolsonaro, que prometeu em campanha acabar com as ONGs e reservas suspeitas de projetos indígenas também suspeitos.

A ocupação territorial do Brasil é empreendida pelos países envolvidos no Fundo Amazônia, via ONGs comunistas com princípios muito capitalistas, patrocinadores que enviam dinheiro fácil para o nosso banco, não tributado, com a perspectiva de lucros também sem tributação – o governo do Pará prometeu 5 bilhões de reais de perdão fiscal a uma única empresa norueguesa – sobre as riquezas exploradas por eles em território nacional.

Amazônia tem nióbio, grafeno, gás, ouro, petróleo… Foto/Arquivo Notibras

Sob o manto verde da Amazônia estão nióbio, grafeno, gás, ouro, petróleo e um número incontável de riquezas. Entretanto, a maior delas estava por ser revelada. Recentemente a Sociedade Brasileira para Progresso da Ciência – SBPC, anunciou a existência do Sistema Aquífero Grande Amazônia (SAGA), 3,5 vezes maior que o maior conhecido até agora no Hemisfério Sul, que é o Aquífero Guarani, encontrado sob o solo do Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. A exuberância do SAGA promete 160 trilhões de litros de água, o futuro desejo e sobrevida do planeta, que representam 80% do total da água do bioma Amazônia em ambiente subterrâneo.

Para efeito comparativo, os rios, onde corre o líquido da vida de forma aparente, representam apenas 8%. São dimensões que explicam o interesse de intrusos em território nacional, das aparentes doações bilionárias com fins de preservação da floresta que não é deles, da defesa dos índios que eles não protegeram em seus países. Um golpe internacional de dimensões muito maiores que a história revela à época dos descobrimentos.

O ambiente criado para gerar e defender o Fundo Amazônia está completamente contaminado, observa a advogada Dênia Magalhães. “Ingressamos em um universo observando a superfície e, ao mergulhar, encontramos um sistema poderoso de domínio permeado por interesses escusos tão diversos que é difícil acreditar e combater, mas não vamos desistir”, avisa.

A doutora Dênia tem razão. Atualmente corre a notícia de que o Fundo Amazônia poderá ser abraçado pelos generais do núcleo duro do Planalto e transferido ao Banco da Amazônia. Se esse destino for para preservar a origem escandalosa da conta corrente irregular existente no BNDES que movimenta interesses bilionários alheios ao Brasil, como a exploração das nossas riquezas sem controle, tomam a vulnerabilidade dos índios – e as suas terras – como escudo aos seus projetos de exploração comercial, então a caserna passa a ser mais um agente a serviço do imponderável. Caso ocorra, contraria o exigido pela Federação das Entidades Empresariais do Pará, que quer o fim do Fundo Amazônia, acusado por ela de incontáveis irregularidades, além de não ter presença no desenvolvimento sustentável da região.

Em relatórios dissimulados e na defesa do BNDES, aparece a figura dos stakeholders, ignorados em sucessivas cobranças de controle e fiscalização. Para informação dos mortais comuns, stakeholders são exatamente mortais comuns que têm interesse direto no assunto. Mas não são considerados, respeitados e ouvidos.

Assim é o Fundo Amazônia. Criado por um decreto de Lula, encaminhado por Marina Silva, escrito pelo expoente do Partido da Esquerda Norueguesa Erik Solheim, hoje é um instrumento cuja legalidade está comprometida, mas não a sua sobrevivência. Suas consequências são avaliadas, em termos de desvios de valores, como capazes de transformar a Lava Jato em mero porquinho de moedas.

Potências mundiais estão de olho no lençol subterrâneo. Foto/Arquivo Notibras

O acervo de argumentos fantasiosos fornecidos à Justiça pelo BNDES, contraditórios e desmascarados na ação, o maior instrumento de corrupção – recordista mundial na modalidade – é um acinte à inteligência mediana.

Bolsonaro não precisa disso. Certamente ele não acredita nessa cretinice ameaçadora, talvez maior que as manobras já feitas pelos insolentes petistas em territórios alheios com recursos nacionais. A mão agora é inversa, até isso foram capazes de inventar.

Dinheiro público estrangeiro a serviço de estrangeiros, desde que passem por ONGs vermelhas, partidos vermelhos, políticos vermelhos, conselheiros vermelhos, índios vermelhos, religiosos vermelhos, ativistas vermelhos e imprensa vermelha brasileiros. Nesse campo, o BNDES é monocromático. Seu balanço é também vermelho.

Entretanto, para a mãe da Amazônia, a amiga brasileira Noruega, o cenário é verde. Verde que te quero. Contra tudo isso, dois nomes que poderiam ser adotados para liderar a maior de todas as operações de investigações: uma Lava Mata.

Se Claudemiro Soares e Dênia Magalhães, provavelmente vistos como loucos e desvairados, tiverem o apoio de Bolsonaro, a maior missão de todo o seu mandato terá reflexos no futuro. Mais que as reformas da Previdência, Fiscal e da Segurança. Ninguém acredita nisso hoje. Mas nem tudo é o que lhe parece.

Siga a sua intuição, presidente, acabe com o Fundo Amazônia, clamam as razões. Vender frango aos árabes é mais importante que o dinheiro salgado da terra do bacalhau. Especialmente se a contrapartida for a sobrevivência do planeta que só o Brasil pode garantir, segundo o poeta.

O Fundo Amazônia é o maior golpe pacífico de ocupação territorial jamais registrado no mundo contemporâneo. Nem é preciso explicar mais. O Palácio do Planalto está repleto de competentes estrategistas. Os cavalos já estão arreados…

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