A língua portuguesa tem seus encantos. As palavras por vezes são únicas, não encontrando tradução em outros idiomas. Não são raras as vezes em que as palavras não conseguem definir todo o contexto de uma situação. O relato de uma trivial conversa entre duas senhoras humildes, durante um trajeto de ônibus rumo aos seus empregos, pode explicar o enigma das palavras.
– Fulana, tu sabe a diferença de poblema e pobrema?
– Muié, vou tentar de expricar. Poblema é quando tu briga com o marido, filho, vizinho; e pobrema é aquele dever de casa que o professor de matemática passa para os meninos.
O fato é verídico e ocorreu dentro de um ônibus da cidade do Recife, mas poderia ter ocorrido em qualquer lugar do país.
Essa historinha permite fazer a seguinte reflexão: Bolsonaro está com poblema, pobrema ou os dois juntos? Para mim ele próprio é a personificação de problemas gigantescos.