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Bolsonaro mantém a ponta e Haddad se isola em segundo lugar

Foto: Dida Sampaio/EstadãoConteúdo

O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, subiu 11 pontos porcentuais em uma semana e se isolou na segunda colocação, com 19%, atrás de Jair Bolsonaro (PSL), que oscilou dois pontos porcentuais para cima e chegou a 28%. É o que revela pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada nesta terça-feira, 18, a quarta desde o início oficial da campanha eleitoral.

A seguir aparece Ciro Gomes (PDT), que se manteve com os mesmos 11% da semana anterior. O presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin, oscilou dois pontos para baixo, de 9% para 7%. E Marina Silva (Rede) caiu três pontos, de 9% para 6%.

“Com esse crescimento de Haddad, a probabilidade de haver segundo turno entre ele e Bolsonaro aumentou significativamente, embora não se possa descartar outros cenários”, disse Marcia Cavallari, diretora executiva do Ibope Inteligência.

Em sua primeira semana como substituto de Luiz Inácio Lula da Silva – condenado e preso na Operação Lava Jato –, Haddad avançou de 8%, patamar que o colocava em situação de empate com três adversários, para 19%. Com isso, o petista abriu oito pontos de vantagem sobre Ciro, seu principal rival na disputa por uma vaga no segundo turno. O petista foi oficializado candidato no dia 11, após Lula ter sido barrado pela Justiça Eleitoral. A pesquisa atual é a primeira do Ibope que capta os efeitos da substituição.

O levantamento é também o segundo desde que Bolsonaro foi esfaqueado em Juiz de Fora (MG), quando participava de um evento de campanha. Desde então, ele subiu seis pontos porcentuais, de 22% para 28%.

Os candidatos do PSL e do PT são os dois únicos que apresentaram tendência de alta desde o início da série de pesquisas Ibope, em 20 de agosto.

Continua forte a disparidade de intenções de voto em Bolsonaro na divisão por gênero. Ele tem 36% entre os homens e 20% entre as mulheres.

Considerando a divisão geográfica do eleitorado, Haddad avançou em todas as regiões, em especial no Nordeste, onde passou de 13% para 31% e assumiu a liderança isolada, deixando Ciro e Bolsonaro empatados em segundo lugar, com 17% e 16%, respectivamente.

O petista também teve crescimento forte no Sudeste, onde vivem mais de quatro em cada dez eleitores do País, quase triplicando sua taxa de intenção de votos, de 6% para 15%. Nesse caso, porém, ficou atrás de Bolsonaro, que tem 29%.

Na segmentação por renda, o candidato do PSL se sai melhor entre os mais ricos. Ele tem 41% das intenções de voto na parcela dos que ganham cinco salários mínimos ou mais. No outro extremo, entre os que ganham até um salário mínimo, a taxa é de apenas 12%.

O avanço de Bolsonaro nas faixas mais ricas e mais escolarizadas mudou o perfil do eleitorado de Alckmin. Nesses segmentos de elite, onde costumava se destacar, o presidenciável tucano tem 8% e 6%, respectivamente, quase o mesmo que sua média nacional (7%).

No quesito rejeição, Bolsonaro manteve a primeira colocação, com 42%, praticamente o mesmo resultado da semana anterior (41%). Haddad, à medida que fica mais conhecido, ganha simpatizantes e também desperta mais repúdio: cresceu de 23% para 29% a parcela de eleitores que não votaria no petista de jeito nenhum.

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