Não foram poucas as vezes em que, cansados das andanças da campanha, Jair Bolsonaro e seu então fiel escudeiro Gustavo Bebianno chegavam ao hotel, se despiam e, só de cuecas, sentavam na cama para fazer um balanço do dia e programar os próximos passos. A revelação foi feita pelo ex-secretario-geral da Presidência da República, em entrevista ao jornal Valor Econômico.
Afastado do presidente desde o episódio da sua demissão, provocada por intrigas dos filhos do capitão, entre eles Flávio e Carlos, o ex-ministro agora começa a consolidar uma nova candidatura, É a dele mesmo, à prefeitura do Rio no próximo ano. Se a maré for boa, Bebianno será capaz de se engajar no projeto de João Doria, que sonha voar para o Planalto em 2022.
Ao Valor, Bebianno fez duas afirmações que ainda vão dar pano pra manga: 1) Queiroz, ‘o sumido’, foi colocado no gabinete de Flávio, hoje senador, pelo próprio Jair Bolsonaro; 2) embora tenha seus rompantes, o presidente não partirá para o confronto direto com o Legislativo e o Judiciário. Isso os militares não vão permitir, sublinhou o entrevistado.