O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está deixando baixar a tensão política que ainda reina no país para retornar ao Brasil. Para evitar uma eventual ordem de prisão, ele deve desembarcar já com um Habeas Corpus preventivo, a ser protocolo diretamente nos gabinetes dos ministros Kássio Nunes Marques e André Mendonça, seus ‘padrinhos’ dentro do Supremo Tribunal Federal.
Derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida presidencial do ano passado, Bolsonaro viajou para os Estados Unidos dois dias antes do fim do seu mandato. Seu visto de permanência em território norte-americano já expirou.
O ex-presidente viajou na condição de A-1, visto reservado para chefes de estado. O documento, porém, teria expirado na terça-feira, 30 dias após o término de seu mandato presidencial. Agora Bolsonaro quer um visto de turista, e seu pedido pode levar meses para ser processado. Enquanto isso, vai ficando por lá.
Na sexta-feira, 3, durante uma manifestação aos ‘bolsonaristas’ que se encontram em seu entorno, ele disse que ‘não desistirá do Brasil”, apesar da derrota nas urnas em outubro. “Não vamos desistir do Brasil”, disse Bolsonaro em um evento da Turning Point USA. “Eu recarrego minhas baterias em momentos como este.”
No Brasil, Bolsonaro enfrenta acusações de responsabilidade pelas ações terroristas registradas por seus apoiadores nos dias 12 de dezembro e 8 de janeiro. Seus advogados negam que haja qualquer evidência de que ele cometeu um crime relacionado aos atos golpistas.