Há um amplo movimento para livrar Lula da maioria das acusações de corrupção, peculato e formação de quadrilha. Esses entendimentos não são estranhos a Bolsonaro. O presidente incentiva as tratativas e avalia que, com as suspeições que se tornarão cada vez ais fortes contra Sérgio Moro, o ex-juiz da Lava Jato estaria queimado para disputar o pleito de 2022. Com a Câmara e o Senado nas mãos pelos próximos dois anos, Bolsonaro pode inclusive fazer vingar a CPI da Lava Jato, que terá entre suas conclusões uma que já se pode antecipar: mesmo livre de uma série de condenações, Lula permanecerá ficha suja. Consequentemente, sem condições de concorrer ao Planalto. A estratégia é maquiavélica. E serve para matar dois coelhos com uma cajadada.