Desembarcou nesta quarta-feira, em Brasília, o General Paulo Chagas, vindo do Rio de Janeiro onde cumpriu agenda com Jair Bolsonaro, que concorre ao Palácio do Planalto pelo PSL. A conversa entre os dois foi sobre a perspectiva do impedimento de Ibaneis Rocha (MDB) por grave crime eleitoral – abuso de poder econômico – e o impacto nas eleições que podem favorecer Chagas, candidato de Bolsonaro.
Assim que chegou à capital, vindo do Rio, o general apôs sua assinatura na representação conjunta que acusa, documentada em vídeo, Ibaneis por crime eleitoral e exige seu impedimento. Além do General Paulo Chagas (PRP) assinaram a ação entregue ao corregedor da Justiça Eleitoral, Eliana Pedrosa (Pros), Rodrigo Rollemberg (PSB), Alberto Fraga (DEM), Rogério Rosso (PSD), Alexandre Guerra (Novo) e Fátima Sousa (PSol).
Com essa iniciativa, as sete coligações pretendem tirar do páreo o advogado que ficou milionário do dia para noite. No momento em que o General Paulo Chagas gravava um vídeo com Bolsonaro no Rio de Janeiro na noite de terça-feira, TV Globo promovia um debate em Brasília. Na frente da emissora, um grupo bastante agressivo compareceu para deter o candidato Ibaneis na saída do programa, exigindo o pagamento prometido por ele: eram cabos eleitorais que levaram calote do representante do MDB.
Essa revolta continuou pela madrugada até a tarde desta quarta-feira no comitê do protegido de Tadeu Filippelli. Lá as coisas continuam perigosas. Se essa é uma prática comum, então está justificado o seu acúmulo de fortuna, avaliam analistas políticos.
Especialistas em Direito Eleitoral afirmam que a prova é incontestável e está comprovado o crime por abuso de econômico. Na prova, Ibaneis promete reconstruir as casas que foram demolidas pela Agefis com recurso próprio, como se essa alternativa fosse lícita, mas não é.
Outros deduzem que ao deixar de pagar os cabos eleitorais contratados, o candidato de Filippelli – este já veterano em prisões e acusações – estaria economizando para cumprir a promessa ilegal feita em período de campanha.
Pela rebelião que está em curso em seu próprio comitê, a estreia de Ibaneis Rocha na política é bastante desastrada. Fica uma curiosidade: o candidato do PT, Julio Miragaya, não acompanhou a quase totalidade das coligações na representação contra o candidato Ibaneis. Aquilo que já era suspeito por muitos, poderá ser confirmado pela recusa em acompanhar os demais na ação. Dizem que Miragaya também é patrocinado por Ibaneis. Mas não há notícia de que a casa do petista caiu, pelo menos por enquanto. Ah, então tá…