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Bolsonaro reage e repudia cerco a aliados

O presidente Jair Bolsonaro garantiu na noite desta terça-feira, 16, que não assistirá passivamente que seus aliados sejam perseguidos política e juridicamente.

O recado, supostamente dirigido ao Supremo Tribunal Federal, veio por meio de uma série de postagens no Twitter. Horas antes a Polícia Federal havia feito busca e apreensão nas residências e escritórios de correligionários do presidente.

Para ‘fechar o cerco’, no final da tarde o ministro Alexandre de Moraes determinou a quebra de sigilo bancário de um senador e 10 deputados bolsonaristas supostamente envolvidos no financiamento de atos antidemocráticos.

Alexandre de Moraes é o relator, no STF, do inquérito que investiga a participação direta e indireta de aliados do Palácio do Planalto nas últimas manifestações que pedem o fechamento do Congresso Nacional e do próprio Judiciário.

Veja a seguir as seis postagens de Bolsonaro, que se estenderam entre 22h28 e 22h32:

– Só pode haver democracia onde o povo é respeitado, onde os governados escolhem quem irá governá-los e onde as liberdades fundamentais são protegidas. É o povo que legitima as instituições, e não o contrário. Isso sim é democracia.

– Luto para fazer a minha parte, mas não posso assistir calado enquanto direitos são violados e ideias são perseguidas. Por isso, tomarei todas as medidas legais possíveis para proteger a Constituição e a liberdade dos brasileiros.

– Reduzimos também todos índices de criminalidade, eliminamos burocracias, nos distanciamos de ditaduras comunistas e firmamos alianças com países livres e democráticos. Tiramos o Estado das costas de quem produz e sempre nos posicionamos contra quaisquer violações de liberdades.

– O que adversários apontam como “autoritarismo” do governo e de seus apoiadores não passam de posicionamentos alinhados aos valores do nosso povo, que é, em sua grande maioria, conservador. A tentativa de excluir esse pensamento do debate público é que, de fato, é autoritária.

– Do mesmo modo, os abusos presenciados por todos nas últimas semanas foram recebidos pelo governo com a mesma cautela de sempre, cobrando, com o simples poder da palavra, o respeito e a harmonia entre os poderes. Essa tem sido nossa postura, mesmo diante de ataques concretos.

– Queremos, acima de tudo, preservar a nossa democracia. E fingir naturalidade diante de tudo que está acontecendo só contribuiria para a sua completa destruição. Nada é mais autoritário do que atentar contra a liberdade de seu próprio povo.

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