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Bolsonaro sem uso de máscara é arma pró-Covid

Médicos intensivistas, imunologistas, epidemiologistas e pneumologistas, todos na linha de frente de combate ao novo coronavírus na rede pública de saúde de Brasília, inclusive do Hospital das Foças Armadas, questionaram nesta sexta, 21, de não há um dispositivo legal capaz de ‘segurar’ o presidente Jair Bolsonaro e obrigá-lo a adotar medidas restritivas para ajudar no combate à cada vez mais crescente disseminação Covid no país.

O desabafo foi feito no início da noite,  logo após a divulgação do novo boletim do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde, que traz mais 2 mil 215 morte pela doença somente nas últimas 24 horas. Com os novos últimos números, o Brasil totalizou 446 mil 309 mortos por complicações pela doença.

Os profissionais de saúde avaliam elaborar um manifesto dirigido ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal, com cópias à Ordem dos Advogados do Brasil e à Associação Médica Brasileira, para obrigar Bolsonaro a usar máscaras faciais e parar de aglomerar multidões em suas viagens pelo País. Além disso, também querem que Bolsonaro suspenda as propagandas subliminares sobre tratamento precoce sem ineficácia comprovada contra a doença, por  meio, por exemplo, da cloroquina.

Nas últimas 24 horas, segundo os dados do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde, a Covid além dos 2 mil 215  novos óbitos, também foram registrados mais 75 mil 875 casos de contaminação pela doença, elevando o total, desde o início da pandemia, à casa de 15.979.949. “Estamos cansados e precisamos afastar o responsável por esse genocídio, já devidamente identificado na pessoa do presidente da República”, disse um médico na condição de anonimato.

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