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Nova crise

Bolsonaro tira Filipe ou Senado toma, sim, no c*?

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Sonja Tavares*

No dia em que o país ultrapassou a assombrosa marca de 300 mil mortos pela Covid-19, um aspone do presidente Jair Bolsonaro resolveu tornar público o aprendizado na escola do Gabinete do Ódio. Denominado assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Filipe Martins, imaginando estar na sala de jantar de sua casa ou no quintal da mansão do chefe, proferiu gestos obscenos durante a abertura de uma sessão do Senado Federal.

Flagrada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a idiotizada junção do polegar com o indicador da mão direita em “O” foi observada justamente no momento em que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), cobrava do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, informações à sociedade sobre as ações do governo federal e a contribuição do Itamaraty no combate à pandemia. Certamente acostumado à obscenidade do governo, Filipe Martins não deve ter gostado da cobrança e reagiu com fascínio idêntico ao dos tiranos acompanhando o sofrimento alheio.

Obsidiado por um espírito sequioso e incontrolável em sua vestimenta de serviçal de déspotas, o assessor, embora autêntico na prática de atacar quem incomoda, sequer percebeu que estava em uma Casa que merece respeito e não naquela que não respeita. A atitude de Martins revoltou Randolfe, mas ele permaneceu no plenário para não atrapalhar a importante sessão.

Agora Rodrigo Pacheco está sendo pressionado por seus pares a exigir a imediata demissão de Filipe Martins, evitando, assim, supostos comentários de que os congressistas estão acostumados ‘a tomar no c*’ ou dispostos a enfiarem no rabo (como sugeriu Eduardo Bolsonaro) a máscara contra a Covid.

O desenho dos três dedos, mais a ‘rodinha’, também é visto como símbolo do ódio, usado por defensores da supremacia branca. Algo do tipo fascista, nazista e outras ideologias criminosas. Entretanto, Martins, com gestos obscenos na própria Casa do povo, deixou latente o exemplo do desrespeito do governo federal com a população. Quero meu Brasil de volta.

*Sonja Tavares, jornalista, é a mais nova colaboradora de Notibras

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