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Bomba americana mata 40 crianças em ataque saudita ao Iêmen

Foto: Mohamed al-Sayaghi/Reuters

A bomba lançada por uma coalizão liderada pela Arábia Saudita que atingiu um ônibus escolar no Iêmen, e matou 51 pessoas, entre elas 40 crianças com menos de 15 anos, foi negociada como parte de um acordo entre os sauditas e o Departamento de Estado dos Estados Unidos, segundo informações da emissora CNN.

A arma em questão, uma bomba MK-82 de 227kg e guiada a laser, foi fabricada pela Lockheed Martin, uma das maiores empreiteiras militares dos EUA. O explosivo é semelhante ao utilizado em um ataque a um funeral no Iêmen em outubro de 2016, que, na ocasião, deixou 155 pessoas mortas e outras centenas de feridos. No episódio, a coalizão saudita assumiu a autoria do ataque e admitiu o erro, afirmando que recebeu “informações incorretas”.

Após o caso, o ex-presidente dos EUA, Barack Obama, proibiu a venda de tecnologia militar guiada com precisão à Arábia Saudita por “preocupações relacionadas aos direitos humanos”. A proibição foi anulada pelo então Secretário de Estado de Donald Trump, Rex Tillerson, em março de 2017.

Os EUA dizem que não tomam decisões sobre alvos para a coalizão, que está lutando contra uma insurgência rebelde houthi no Iêmen, porém, apoia o movimento com negociação de milhões de dólares em armamentos, reabastecimento de aeronaves de combate e compartilhamento de inteligência.

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