A poucos dias das eleições da OAB-DF, a instituição que deveria zelar pela legalidade e transparência enfrenta uma denúncia gravíssima. As inconsistências nas listas de advogados aptos a votar revelam uma possível fraude sem precedentes, que pode comprometer todo o pleito do próximo domingo (17).
Tudo começou com a divulgação da primeira lista, em 18 de outubro, que apontava 41.503 advogados aptos. Uma semana depois, no dia 25, um complemento com 249 novos nomes foi disponibilizado, elevando o total. Mas hoje (13), um verdadeiro absurdo veio à tona: uma nova lista com 56.032 nomes foi divulgada — sem qualquer filtro entre aptos ou inaptos.
Após análise criteriosa, o número real de advogados aptos caiu drasticamente para 36.344, revelando que mais de 5.000 nomes simplesmente evaporaram. Mas o golpe final na credibilidade do processo veio com a constatação de que nomes de advogados falecidos permanecem registrados como aptos a votar.
A denúncia não é só preocupante — é escandalosa. Quem lucra com o desaparecimento de 5.408 eleitores legítimos? Quem se beneficia com votos fantasma de pessoas já falecidas? As perguntas ecoam pelos corredores da advocacia brasiliense, enquanto a Comissão Eleitoral da OAB-DF assiste ao desenrolar de um desastre institucional sem precedentes.
“Essa situação cheira a manipulação grosseira”, declarou um correligionário de um dos candidatos à presidência. “Estamos diante de um atentado à democracia interna da Ordem. A cada nova lista, os números mudam, e a única coisa que permanece é a dúvida sobre a lisura do processo.”
Advogados indignados denunciam que a OAB-DF pode estar vivendo um dos episódios mais sombrios de sua história. Para muitos, é inadmissível que, em uma entidade que representa a defesa da justiça, haja tamanha desorganização ou, pior, suspeitas de manipulação proposital.
A pressão agora recai sobre a Comissão Eleitoral, que terá que explicar como foi possível tamanha discrepância entre as listas. Já há rumores de que, caso as irregularidades não sejam sanadas, o resultado das eleições poderá ser contestado judicialmente, levando à anulação do pleito.
Em meio ao caos, uma pergunta paira no ar: quem está realmente no comando desse processo eleitoral? Os interesses por trás da eleição parecem ir muito além da advocacia, e os advogados de Brasília aguardam respostas — e rápidas. O que está em jogo não é apenas a escolha de um presidente, mas a própria credibilidade da Ordem dos Advogados do Brasil.
Domingo promete ser um dia de tensão, mas não apenas nas urnas: o verdadeiro embate pode acontecer nos tribunais e nos bastidores de um processo já manchado pela suspeita.