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Bombeiro dá início a treinamento para combater fogo na seca

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Com a redução das chuvas a partir de abril, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal inicia a operação Verde-Vivo. O propósito é sensibilizar moradores das áreas rurais para a prevenção de queimadas no Cerrado e capacitar soldados para o combate ao fogo. As ações seguem até novembro, mas tendem a se intensificar em agosto e setembro, no auge da seca.

Essa ação ocorre desde 2003. “Nosso objetivo é otimizar o emprego de recursos humanos e materiais à medida que se eleva a quantidade de incêndios, minimizando os danos causados ao meio ambiente”, enfatiza o comandante da operação e do Grupamento de Proteção Ambiental, tenente-coronel Glauber de La Fuente.

O DF possui mais de 390 mil hectares em zona rural, de acordo com levantamento do Ministério do Meio Ambiente. De junho a outubro de 2014, o Corpo de Bombeiros atendeu a 3.647 ocorrências referentes a incêndios em áreas florestais e rurais. A quantidade equivale a 87% dos chamados atendidos durante todo o ano.

O cronograma de atuação do grupamento em 2015 prevê cinco fases. A primeira, até 16 de abril, consiste no treinamento dos soldados. Na sequência, até junho, haverá campanhas educativas voltadas à sociedade, seguidas de palestras de prevenção em julho.

A etapa seguinte começa em agosto, quando ações de combate aos focos serão intensificadas de acordo com o aumento da temperatura e a queda na umidade do ar. Na última etapa, a partir de outubro, a campanha passa por uma desmobilização gradual.

Além dessas ações, abafadores serão deixados com ruralistas para que eles apaguem pequenos focos e ajudem a evitar que as chamas se alastrem. Cerca de 200 militares do Grupamento de Proteção Ambiental iniciam a operação. Quando a umidade cair e os focos de incêndio ficarem mais constantes, esse número chegará a 2 mil.

De acordo com o tenente-coronel La Fuente, 2015 deverá ser um ano atípico, pois os meteorologistas preveem a chegada do El Niño — fenômeno que afeta o clima em diversas regiões do planeta por conta do aquecimento das águas do Oceano Pacífico. “Suas consequências podem potencializar os efeitos da seca, elevando ainda mais a possibilidade de queimadas”, explica o representante do Corpo de Bombeiros.

A Verde-Vivo contará com o apoio técnico-operacional das Forças Armadas e dos seguintes órgãos: Secretaria do Meio Ambiente; Defesa Civil; Polícia Militar; Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap); Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb); Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Distrito Federal — Brasília Ambiental (Ibram); Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Ádamo Araujo, Agência Brasília

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